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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

Desenhando o amor

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publicado em 13/05/2025 ás 07h00
atualizado em 12/05/2025 ás 18h31

Caminho (in)definido – não é o caminho das pedras de Drummond
mas nas mãos prudentes do destino;
Alma vazia – não é a canção de Arnaldo Antunes
mas preenchida pelo eco do silêncio;
Navegador errante – não é a citação do poeta Fernando Pessoa  – “navegar é preciso, viver não é preciso”
mas perdido nas ondas da memória
onde o sentir é oposto ao amor que o despedaça
como se fosse um fragmento de vidro.

A dor o encontrou.
estendido em uma sombra da árvore de Augusto dos Anjos,
onde a cruel despedida o deixou
com todas as perguntas
que a alma não conseguiu decifrar.

A tristeza invadiu-o como um ladrão – não é a canção de Chico Buarque, “chame o ladrão, chame o ladão”
mas algo que cravou as garras profundas;
Amordaçou sua voz
para que não clamasse
como se fosse um louco, buscando pelo amor
que se foi há tão pouco.

Caminho escuro
num coração que reflete
o adeus do amor;

Flores vibrantes – não são as florees da canção de Geraldo André
observando aquela dor,
envolvidas pelo canto – mas eu canto porque o instante existe – da poesia de Cecilia Meireles
de um pássaro esquecido,
a quem a vida faz (re)renascer
para que o amor possa retornar.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB