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Walter Ulysses é chef formado no Curso de Gastronomia no antigo Lynaldo Cavalcante em (João Pessoa) e tem Especialização e Mestrado na Le Scuole di Cucina di Madrid. Já atuou em restaurantes de diversos países do mundo, a exemplo da Espanha, Itália e Holanda. Foi apresentador de programas gastronômicos em emissoras de TV e rádio locais e hoje atua como chef executivo na parte de consultorias.

Sou Chef

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publicado em 02/02/2015 às 17h25
atualizado em 02/02/2015 às 14h26

Para muita gente hoje, ser um Chef de cozinha é uma questão de status. Atualmente está na moda. É uma profissão que está em alta em todos os lugares, até nas principais novelas das TVs. Creio ser a mais antiga profissão do mundo, pois ninguém vive sem comer e sem inventar tipos de comidas. Isso é fundamental para não cair na mesmice.

Hoje, todas as redes de TVs, sejam elas abertas ou fechadas, há alguém ou algum programa falando em ‘gastronomia’. Mas existe um ponto fundamental: nem todos são Chefs verdadeiramente. No meu ponto de vista, profissionais mais antigos, que não tiveram a mesma chance que tive, de fazer um curso e ganhar experiência fora do país, mas que se esforçam e pedem ajuda a quem é verdadeiramente Chef, podem se diferenciar no ramo da gastronomia. Do contrário, o ‘falso glamour’ dos que se auto-intitulam Chefs tem data de validade, com certeza.

A caminhada é longa e difícil. Muitas horas de trabalho em cozinhas que muitas vezes chegam a 60 graus e, dependendo do País trabalham de 15 a 18 horas por dia. Além de ter dedicação exclusiva a profissão e como toda carreira, estudar muito.

Aqui em nosso Estado e também no Nordeste, o Chef de Cozinha é muito desvalorizado financeiramente e trocado por pessoas não capacitadas para este tipo de trabalho. Falo isso sem medo de errar e afirmo que mais de 90% dos grandes restaurantes, hotéis, motéis e similares não existe este profissional. Tem melhorado este contexto não aqui na Paraíba, mais em algumas capitais do Nordeste a exemplo Recife e Natal.

Isso tudo por conta de não existir um sindicato da categoria, nem mesmo o próprio profissionalismo entre os Chefs, que é a base principal. Com isso, os empresários fazem seu próprio leilão de pessoas não qualificadas e ‘graduar’ sua cozinha como a tal.

Existem também aqueles que têm a profissão, mas não valorizam seu trabalho. E o pior: não têm amor a sua arte. Acabam recebendo valores bem mais baixos para exercer o trabalho de Chef.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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