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Advogado pós-graduado em Direito Público Municipal e em Direito e Processo Civil. Pós-graduando em Direito Eleitoral. Atua na assessoria e consultoria de municípios e câmaras municipais.

Conflito entre Israel-Hamas: as consequências pelo mundo

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publicado em 13/11/2023 às 11h34

O trágico conflito entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas completou um mês no último dia 7 de novembro, com quase 12 mil mortos. Mas, é preciso se analisar as consequências dessa guerra, que pode se espalhar para outros países.

A tensão entre Israel e Palestina mistura política e religião, e já dura mais de 70 anos, deixando milhares de mortos dos dois lados, grande maioria inocentes. Com a criação pela ONU em 1947 de dois estados – um judeu e um árabe – os judeus ficariam com Israel e os palestinos com Gaza e Cisjordânia. Porém, os árabes nunca aceitaram o acordo, e com a criação do Estado de Israel em 1948, causou extrema revolta ao lado palestino, resultando na Guerra árabe-israelense de 1948.

Em 1967, Gaza foi ocupada pelos egípcios, e com a Guerra dos Seis Dias, Israel toma o território da Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Apenas em 1987, após vários anos de tensão, ocorreu a primeira rebelião dos palestinos contra tropas israelenses. Mas, só em 2005, Israel deixou a região da Faixa de Gaza. Em 2012, a ONU reconheceu a Palestina, que inclui a Faixa de Gaza e Cisjordânia como um Estado-observador permanente, o que voltou a causar estremecimentos na relação de ambos.

As tentativas de acordo de paz sempre fracassaram, e agora, em 2023, e Israel e Palestina vivem seu momento de tensão máxima.

O mundo já vive em tensão desde a guerra entre a Rússia e Ucrânia, que por trás, nada mais é do quer um conflito geoestratégico entre a Rússia e os Estados Unidos. E nesta nova guerra, ambos já tomaram seus lados, e os Estados Unidos tem sido o principal apoiador de Israel.

Acontece que o mundo se tornará será mais fragmentado no pós-guerra. Os conflitos vão mudar relações econômicas globais com impacto em crescimento, juros e inflação. Isso será uma das consequências no pós-guerra.

A perspectiva cada vez mais real de uma Nova Guerra Fria. De um lado, os Estados Unidos e seus países aliados, e do outro, a Rússia e China. Essa batalha se arrasta há anos, e está chegando em seu ápice.

Mas voltando ao cenário do conflito entre Israel e a Palestina, os Estados Unidos e Rússia tem buscado expectativas de um cessar-fogo, para evitar que o conflito se espalhe para além do Oriente Médio, pois crise humanitária em Gaza tem gerado manifestações públicas pró-palestinos em diversas cidades pelo mundo. Esse conflito foge dos interesses de ambos, diferente da Guerra da Ucrânia que se arrasta por mais de um ano.

Os Países tem buscado um acordo de paz, enquanto Israel segue com seu plano de vingança. Talvez, o restabelecimento da paz possa ocorrer com a entrega dos reféns que estão sob a posse do Hamas, mas quem garantirá isso.

Enquanto o cessar-fogo não ocorrer, as chances desse conflite se estender pelo oriente médio são enormes, com significativos na economia global, como o aumento no barril de petróleo, um cenário de queda no crescimento global, potencialmente levando a uma recessão mundial, e ninguém lucrará com isso.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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