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discussão em plenário

Deputados divergem sobre crise em CG: Inácio vê “golpe” e tucano defende Bruno

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publicado em 03/10/2023 às 15h39
atualizado em 03/10/2023 às 12h44

A crise instaurada na Prefeitura de Campina Grande desde o final de semana com a demissão de mais de 8 mil servidores contratados por excepcional interesse público e comissionados pautou o debate entre deputados na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) durante a sessão desta terça-feira (03).

O deputado Inácio Falcão (PCdoB), que integra o bloco de oposição ao prefeito Bruno Cunha Lima (PSD), acusou o gestor de “golpe contra os servidores”.

“As famílias dos servidores não sabem o que vão ter no final ano, não sabem o destino das famílias. Essa demissão é um golpe. Não deixem os trabalhadores serem penalizados com esse golpe pesado, que também atinge a economia local. Veneziano e Bruno dizem que são parceiros, mas que parceria é essa? Tirando o pão de cada cidadão? Estratégia errada, lamentável”, disse Falcão.

Aliado de Bruno, o deputado Fábio Ramalho (PSDB) saiu em defesa das medidas editadas pelo prefeito. Para o tucano não houve demissão de servidores, mas um “afastamento provisório”.

“Eu venho muito claramente dizer que já fui prefeito e sei o quanto é ruim e difícil para um gestor afastar um servidor. Tenho certeza que doeu na alma de Bruno, são quase oito mil pessoas, que vão voltar à gestão gradativamente”, respondeu.

Medidas anunciadas 

O decreto com as medidas de contenção de gastos em Campina Grande para enfrentar a crise nos cofres públicos estabelece diversas ações. Dentre elas, a redução de 20% do salário do prefeito e 10% dos valores recebidos por secretários e adjuntos.

No decreto, exonerou todos os ocupantes de cargos em comissão e funções gratificadas, integrantes da estrutura organizacional da Administração Direta e Indireta.

Entre as medidas ainda estão a proibição de concessão de diárias a servidores municipais, redução em 90% na aquisição de passagens aéreas, além da extinção dos cargos efetivos de agente de serviços gerais, agente de limpeza, artífice, jardineiro, mecânico, motorista e vigia atualmente vagos.

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