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Ana Karla Lucena  é bacharela em Direito pela Universidade Estadual da Paraíba. Servidora Pública no Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba. Mãe. Mulher. Observadora da vida.

o cancelamento do Apocalipse

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publicado em 20/03/2023 às 07h00
atualizado em 19/03/2023 às 14h04

Ontem sonhei que estávamos vivendo o evento do fim do mundo.

Sabe aquelas cenas de filmes que tratam do tema, onde uma voz do governo é soada por meio de auto-falantes espalhados pelas cidades dando as orientações sobre o que fazer, como proceder? Foi bem assim.

No sonho, deveríamos juntar-nos às pessoas que mais amamos, unir-nos a grupos espalhados por diversas bases e esperar em fila indiana. Uma enorme nave viria e exterminaria a  todos. Uma morte rápida.

Eu vi, nitidamente, a nave chegar, imponente no céu. Várias luzes. Girando. Não desapontaria nenhum ufólogo. Perto dos meus queridos, familiares, amigos que estavam perto dos seus também, olhei para nosso algoz, fechei os olhos, e pensei: o que quer  que eu tenha feito, já passou. Não há mais o que ser corrigido. Chegou a minha vez.

A nave lançou o seu canhão de luz. Após isso, já deveríamos estar aniquilados.

Qual não foi minha surpresa, quando ao abrir os olhos e perceber que estávamos no mesmo lugar! Estávamos todos ali. Ao que tudo indica, o apocalipse havia sido cancelado.

Mas não estávamos mais do mesmo jeito. Algo havia mudado em nós. Alguns já não estavam perto daqueles a quem tanto amavam. A maioria feliz, agradecendo por novamente terem a oportunidade de continuarem vivendo. Outros desapontados. Para estes, o apocalipse era uma esperança.

A  paisagem ao nosso redor também mudara. Eles vieram, não nos destruíram, mas levaram nosso verde, nossas cores. Sobrou uma tela em branco. Meio que desorientados, ainda não sabíamos o que fazer a respeito.

Acordei no meio da noite. Que sonho realista! É a mais pura verdade! Sonhei mesmo! Voltei a dormir. Queria ter continuado de onde parei, mas, infelizmente, ou ainda bem, os sonhos não são assim.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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