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Formada em Direito, Administração com ênfase em Comércio Exterior e pós-graduada em Comunicação Corporativa pela Universal Class da Florida.
É lider climate reality change pelo Al Gore e ceo do site Belicosa.com.br onde escreve sobre comportamento digital e Netnografia.

A economia da atenção

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publicado em 28/01/2022 às 08h12

 

Como a atenção do consumidor nas telas de é moeda valiosa para a economia

 

Já parou para perceber como não conseguimos mais desgrudar nossos olhares das telas? Como nossa atenção esta sempre distraída numa plataforma? Isso é chamado de economia da atenção, onde a atenção humana é tratada como uma mercadoria escassa.

As últimas décadas evoluímos na compreensão da atenção humana. Além disso, percebemos que a atenção é um recurso valioso. Com o surgimento das mídias sociais e da economia cada vez mais digitalizada, a atenção ao cliente é agora a peça central de como nos comunicamos melhor com os consumidores.

Com base na ciência mais recente, aqui estão três percepções principais sobre como nossa atenção esta sendo utilizada pela indústria da atenção.

A estratégia do 1 segundo:

Alguns anos atrás, um anuncio digital fazia uma exposição de 3 segundos para contar como marketing. Hoje alguns estudos confirmam que as respostas de compra são mais eficientes e respondem a uma lembrança melhor no primeiro segundo em que vemos os anúncios em nossas telas.

A consequência? Vendedores precisam de uma estratégia de anúncio de 1 segundo para comunicar melhor e Consumidores precisam estar atentos para não comprarem por impulso e se arrepender da compra.

Mas a pergunta de ouro nos dias de hoje é:  Como você comunicará seu anúncio em 1 segundo? E mais como os consumidores vão ajudar a elevar a régua para um consumo mais consciente? Melhor? Mais apropriado?

Evite o canto da morte

Quando olhamos para a tela nossa atenção não é distribuída uniformemente em uma imagem ou vídeo. Em vez disso, existem áreas “mortas” onde poucos, ou nenhum, estão prestando atenção.

Uma área particularmente morta é o canto inferior direito de uma imagem. Aqui, a atenção mal passa de 5%. Em outras palavras, 95% dos espectadores provavelmente perderão tudo o que você exibir caso opte por um anuncio usando o canto da morte.

É surpreendente quantos anúncios realmente posicionam sua marca no canto inferior direito. Experimente você mesmo, de um google em “anúncio impresso” e veja os resultados das imagens, e então faça uma contagem. Quantos anúncios usam a marca na esquina da morte?

Banda de atenção

Você sabe o que é a largura de banda limitada? É nada mais que a capacidade que o cérebro tem em processar os dados ao mesmo tempo.

Em anúncios, isso também significa que temos que limitar a quantidade de informações que apresentamos ao nosso público ou ele não vai prestar atenção. Quando aumentamos a complexidade de uma imagem ou cena, reduzimos a probabilidade de que qualquer item individual seja visto. Há muita competição!

Outro ponto importante é utilizar a clareza, em seu mais profundo significado, indicando assim o quão dispersa ou concentrada a atenção estará em uma imagem, vídeo ou texto.

Mas é quando falamos do outro lado da moeda da atenção, a dos consumidores? A indústria da tecnologia esta tão viciante que a única arma é não fazer nada e deixar um pouco as telas de lado. Somente treinado o cérebro em funções reais como estudo, trabalho e criatividade conseguimos ter senso critico apurado para determinar o que consumir, quando consumi e se tem caixa para consumir.

Contemplar momentos onde a memoria é somente sua e de quem esta ali com você é a melhor arma para que o foco seja utilizado como arma. Há também a questão das multitarefas, nosso cérebro não é multitarefa e se ele não é você também não pode ser. Saiba como fazer uma coisa de cada e o consumidor vai ter um sentido diferente para cada um de nos.

A regra é mais sobre ter pontos de equilíbrio e apreciar o que é simples, fazer memoria sem uma tela na frente e ainda entender que a economia já entendeu que o recuso mais precioso nos dias de hoje é nossa atenção e ela por sua vez é moeda valiosa na indústria da atenção.

Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e Netnografia no Belicosa.com.br

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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