João Pessoa, 06 de agosto de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A coluna desta segunda-feira (6) do jornalista Vanderlan Farias (disponível no MaisPB) traz a tona um possível crise de insubordinação que pode esfacelar a aliança entre o PDT e o PSB, na disputa pela Prefeitura de João Pessoa. Segundo o comunicador, depois de fazer vista grossa diante da decisão dos vereadores pedetistas Raoni Mendes e Geraldo Amorim – que já declararam voto a Luciano Cartaxo (PT) – Damião Feliciano (presidente estadual da sigla) ainda não cumpriu a promessa de punir outros dois dissidentes: o ex-delegado regional do Trabalho na Paraíba, Inácio Machado, e o ex-chefe do Patrimônio da União na Paraíba, Wellison Silveira, que também abandonaram o projeto de Estelizabel Bezerra.
De acordo com a análise de Vanderlan, a postura maleável do pedetista Damião Feliciano pode estar abrindo espaço para uma debandada completa das lideranças do partido para outras candidaturas, já que o clima de impunidade os encorajaria.
Confira na íntegra o texto ácido do jornalista Vanderlan Farias
O deputado federal Damião Feliciano, mais uma vez, não cumpriu o que prometeu. Não puniu os “infiéis” que trocaram o apoio ao candidato do PT, deputado Luciano Cartaxo, por cargos na Prefeitura de João Pessoa, e abriu brecha para que outros pedetistas também abandonem Estelisabel Bezerra, candidata do PSB e do governador Ricardo Coutinho.
No início de julho, o ex-delegado regional do Trabalho na Paraíba, Inácio Machado, e o ex-chefe do Patrimônio da União na Paraíba, Wellison Silveira, ignoraram a orientação do PDT e anunciaram apoio a Cartaxo. Como prêmio, assumiram a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedurb) e a Subprefeitura de Tambaú, na gestão do prefeito Luciano Agra, que também vota no candidato do PT. Os dois cansaram de esperar por cargos que Damião teria prometido na administração estadual.
No dia seguinte, o deputado federal anunciou que os dois seriam julgados pelo Conselho de Ética, órgão deliberativo do partido responsável por avaliar a conduta dos filiados. Se julgados e condenados, Inácio e Wellison poderiam até ser expulsos do PDT. Poderiam.
Até agora, nenhuma decisão do Conselho de Ética foi tomada. Os “infiéis” sequer foram ouvidos. Damião e a direção do PDT fizeram “vista grossa”, da mesma forma que trataram o caso dos vereadores Geraldo Amorim e Raoni Mendes, os primeiros a decretar insubordinação e pular para o barco do PT.
A situação vem estimulando candidatos proporcionais do PDT a fazer o mesmo. Não será surpresa se nos próximos dias novas defecções ocorrerem, seja para apoiar Cartaxo ou outros candidatos. O problema já chegou aos ouvidos do governador Ricardo Coutinho, tratando muito mais da omissão de Damião e sua trupe do que propriamente da vontade de desertar dos aliados.
MaisPB
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