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DIA 24

Professores da UFCG também decidem finalizar greve

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publicado em 12/09/2012 às 17h44

 Os professores da UFCG aprovaram hoje de manhã (12/09), numa assembleia geral de greve, no Auditório do Centro de Extensão José Farias Nóbrega, a suspensão da paralisação a partir da próxima segunda-feira(17). A categoria também aprovou a proposta de retorno às aulas só a partir do dia 24, depois de que negociar com a Reitoria da instituição um calendário de reposição de aulas.

Os docentes da universidade também decidiram rejeitar o Projeto de Lei do Governo Federal (PL nº 4.368/12), que modifica a carreira da categoria, pois ele desestrutura ainda mais a carreira, descaracteriza o regime de trabalho de dedicação exclusiva, fere a autonomia universitária e sinaliza com a retirada de direitos garantidos.

Na assembleia os professores também decidiram continuar em assembleia permanente e transformar o Comando Local de Greve em Comissão de Mobilização. Outra proposta aprovada e encaminhada ao Comando Nacional de Greve é a transformação desta instância em Comissão de Mobilização, com o objetivo de continuar realizando uma série de encaminhamentos da luta política para modificar o Projeto de Lei do Governo Federal (PL nº 4.368/12) no Congresso e continuar pressionando pela reabertura das negociações de acordo com a pauta da categoria.

A Comissão de Mobilização Local atuará no encaminhamento de uma série de ações para a implantação da pauta local da categoria, que inclui a melhoria das condições de trabalho em todos os campus da UFCG. Esta pauta já foi apresentada e protocolada à Reitoria da instituição.

A aprovação da suspensão da greve a partir do dia 17/09 foi aprovada por ampla maioria dos 167 professores que foram a assembleia. Segundo a análise de muitos docentes, o atual momento político-eleitoral impõe um esvaziamento do Congresso Nacional e isso dificulta a atuação do movimento para a mudança da proposta do governo.

Por outro lado, a avaliação dos docentes é que a suspensão da greve é um movimento tático e estratégico da categoria, para reforçar a sua mobilização e se preparar para outros embates em 2013, já que a luta pela melhoria das condições de trabalho e de reestruturação de carreira perdurará pelos próximos anos.
Greve

A greve na UFCG foi iniciada no dia 17 de maio e atingiu cerca de 1.200 professores em todos os Campus da instituição, com um grau de adesão de mais de 95%. As principais propostas da categoria são a reestruturação da sua carreira e a melhoria das condições de trabalho. Esta segunda reivindicação sequer foi discutida pelo governo federal.

 

Assessoria

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