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MENSALÃO

STF condena oito e absolve dois réus da acusação de lavagem de dinheiro

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publicado em 13/09/2012 ás 20h59

 Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) condenaram oito réus por lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão, em sessão nesta quinta-feira (13), em Brasília. As rés Ayanna Tenório, ex-presidente do Banco Rural, e Geiza Dias, gerente financeira da SMP&B, foram absolvidas.

Com os votos de hoje, a Corte encerrou a votação do item 4 da denúncia, a terceira "fatia" do processo, que trata apenas dos crimes de lavagem de dinheiro nas operações entre as empresas do publicitário Marcos Valério –apontado como operador do mensalão– e o Banco Rural. Em semanas anteriores, a Corte julgou outros dois itens, sobre gestão fraudulenta no Rural e crimes cometidos nos contratos entre a Câmara dos Deputados e as empresas de Valério.

Foram condenados Marcos Valério; seus ex-sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach; Rogério Tolentino, ex-sócio e advogado de Valério; Simone Vasconcellos, funcionária de Valério na agência SMP&B; Kátia Rabello, ex-presidente do Banco Rural; José Roberto Salgado, ex-vice-presidente operacional da instituição; e Vinícius Samarane, ex-diretor e atual vice-presidente do banco.

Os oito foram condenados em razão dos empréstimos considerados fraudulentos entre o Rural e as empresas de Valério e pelos saques realizados de forma a esconder os verdadeiros beneficiários dos valores. Dos oito condenados, seis foram considerados culpados por unanimidade, ou seja, com dez votos –já Tolentino e Samarane receberam sete votos pela condenação, configurando maioria.

“A corrupção leva a um ceticismo cívico. O cidadão deixa de acreditar nas instituições públicas”, disse Ayres Britto, presidente da Corte, o último a votar.
Todos os ministros votaram pela absolvição de Ayanna. Já Geiza recebeu sete votos pela absolvição.

De acordo com a Procuradoria Geral da República, os dirigentes do Banco Rural viabilizaram com Marcos Valério e seus ex-sócios “mecanismos e estratagemas” para omitir os registros no Banco Central dos verdadeiros beneficiários e sacadores dos recursos movimentados. O dinheiro alimentava o "valerioduto", esquema pelo qual contas bancárias das empresas de Valério eram usadas para a distribuição do dinheiro que teria sido usado para comprar o apoio de parlamentares no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva.


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