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mais de 80 anos

Brasil deixa 47% dos idosos sem 2ª dose

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publicado em 16/05/2021 às 08h54
atualizado em 16/05/2021 às 08h13
Foto: Reprodução/Ministério Público da Paraíba (MPPB)

Após quatro meses do início da vacinação contra a covid-19 no país, apenas o grupo prioritário de idosos que vivem abrigados (em abrigos ou clínicas) atingiu 70% de cobertura vacinal completa (ou seja, as duas doses dos imunizantes). O dado foi apurado pelo UOL junto ao Ministério da Saúde e consta em um estudo feito por professores e pesquisadores da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e USP (Universidade de São Paulo).

O balanço leva em conta as 46 milhões de doses aplicadas até o dia 11 de maio. Dentre aqueles com 80 anos e mais, 91% foram vacinados com a primeira dose e 53% com a segunda dose. Ou seja, quase metade dos que têm acima de 80 anos.

Eles alertam que o ritmo da vacinação é lento no Brasil, com diferenças entre os grupos e regiões e com inclusão indevida de grupos mesmo antes dos prioritários alcançarem índices adequados. Eles recomendam que sejam alcançadas coberturas vacinais altas, preferencialmente acima de 90%.

Dos grupos prioritários, os idosos abrigados alcançaram 100% das segundas doses e são os únicos totalmente protegidos da covid-19 no país hoje por vacinação. Entretanto, esse percentual tem uma ressalva: não há números 100% confiáveis de idosos abrigados. “Cabe observar que as coberturas acima de 100% registradas em pessoas com mais de 60 anos institucionalizadas pode estar relacionada a uma estimativa inicial inadequada sobre o tamanho desta população”, afirma Mário Scheffer, do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP e um dos autores do estudo.

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