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Isolamento vertical e horizontal; entenda

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publicado em 26/03/2020 às 18h31
atualizado em 26/03/2020 às 23h04

Em entrevista ao programa Hora H, desta quinta-feira (26), o infectologista Fernando Chargas, tirou dúvidas dos ouvintes sobre ao a pandemia do coronavírus. Ele respondeu questões sobre isolamento social e vertical, suspensão de aulas o que difere a doença de outras provocadas por vírus como o H1N1.

Para ele, o confinamento vertical é o mais direcionado, ou seja, serviria apenas para os pacientes com maior risco de evoluir para uma forma grave da doença.

“Seria o isolamento de toda a população sem distinção de forma que garantisse que toda população resguardada não fosse foco de transmissão. Então, em um tipo de confinamento onde se isola a população de maior risco seria que ele não adquirisse a doença e evoluísse para uma forma grave”, destacou.

Já na comunicação horizontal, toda a população seria atingida.

“Isso seria para diminuir a probabilidade de uma pessoa de maior risco ter a doença, mas também das outras que não tem tanto risco não servirem de vetor para transmitir para essas que podem evoluir para uma forma grave”, destacou.

Ele também falou de questões como o fechamento de escolas e afirmou que isso seria para evitar que as criancinhas transmitisse o vírus para seus avós.

“O problema é que a criancinha tem o vovô em casa. Então eu adquiro a doença, que muitas vezes são assintomáticas, e acabamos por transmitir para outras crianças que, teoricamente não sofreria tanto, mas serviriam de vetor para que seus vovôs adquirissem a doença”, disse.

Fernando Chargas também comparou a doença com a outra provocada pelo H1N1. De acordo com ele, o H1N1 apresenta uma letalidade muito menor do que a provocada pelo novo coronavírus.

“O H1N1 tem uma letalidade de um a cada mil acometidos. No caso do coronavírus pode ser de 30 a 50 por mil. Então é uma diferença grande de letalidade. Quando a gente considera um universo de milhões de pessoas que podem ser acometidos pela doença, a gente tem uma dimensão do risco que ela representa para toda a comunidade. Ela tem sim a potencialidade de causar muitas mortes e ao mesmo tempo”, destacou.

MaisPB

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