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POLÊMICA

Para teólogo famoso da Paraíba, Padre Cícero foi um ‘mala’

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publicado em 27/02/2013 às 14h41

O teólogo e liderança respeitada no mundo espírita nacional, Severino Celestino, causou polêmica nesta terça-feira (27) ao declarar em um programa de rádio que o Padre Cícero Romão foi um verdadeiro “mala”. Durante entrevista ao Correio Debate, da 98 FM, Celestino lembrou que Padre Cícero foi considerado um Messias do sertão nordestino, mas era um padre “mandão” e criou muitas polêmicas tendo benzido até a arma do cangaceiro Lampião.

“A teologia entende que ele foi um grande líder religioso para a grande massa do povo da região. Nos bastidores nós sabemos que não”, disse o religioso que, interpelado pelo apresentador Fabiano Gomes, emendou ao ser questionado se Padre Cícero seria santo ou um mala: “Nessa sua linguagem, ele foi um mala. Na minha opinião ele foi um mala".

No mesmo programa, o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, também fez seus comentários sobre o personagem. Na sua ótica. Padre Cícero foi um político muito inteligente, mas bastante controverso com relação a vida religiosa

Revelação – Ainda tratando do assunto, mais expecificamente sobre a forma como a igreja enxerga Padre Cícero, Dom Aldo fez uma revelação surpreendente. De acordo com o arcebispo, o prórprio papa Bento XVI (quando ainda era cardeal) recomendou aos religiosos do nordeste brasileiro que evitassem a apologia à imagem do Padre e pregassem Jesus e Maria.

"Ele pediu com toda a calma: enalteçam mais o Evangelho de Jesus; a devoção ao coração de Jesus e de Nossa Senhora, que é uma figura leal à palavra de Deus, mas não enalteçam o culto à personalidade de Padre Cícero", relatou.

Dom Aldo lembrou ainda que religioso chegou a sofrer processo de excomunhão por parte da Igreja Católica por causa de um pretenso milagre.

“Era um homem político. Se tentou contra ele uma excomunhão por causa de um pretenso milagre. A gente sabe que ele era um homem inteligentíssimo, perspicaz, amigo, pai dos pobres, mas havia uma política partidária e questão financeira vinculada visceralmente”, declarou Dom Aldo.

Roberto Targino – MaisPB

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