João Pessoa, 13 de abril de 2013 | --ºC / --ºC
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No último dia 08 de março, a presidenta da República Dilma Rousseff anunciou em cadeia nacional de televisão que o Governo, a partir do dia seguinte, deixaria de cobrar por completo os impostos federais que incidiam sobre a cesta básica, o PIS-Cofins e o IPI. Além disso, aumentou de 13 para 16 o número de artigos da cesta. São eles: carnes (bovina, suína, aves, peixes, ovinos e caprinos), café, óleo, manteiga, açúcar, papel higiênico, pasta de dentes, sabonete, leite essencial, feijão, arroz, farinha de trigo ou massa, batata, legumes, pão e frutas.A medida visa a segurar a inflação e reduzir o preço final destas mercadorias aos consumidores em cerca de 9%. Só com alimentação, um trabalhador que mora em João Pessoa e recebe um salário mínimo (R$ 678) gasta, por mês, quase 40% com a cesta básica (R$ 270), que, por sinal, teve a terceira maior alta do País entre 18 capitais pesquisadas pelo Dieese: 7,11% (fevereiro/março).
Querendo fazer valer a desoneração – para que ela chegue de fato ‘ao bolso’ dos paraibanos, o deputado Anísio Maia prometeu chamar o presidente da Associação de Supermercados da Paraíba (ASPB), Cícero Bernardo da Silva, e o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), Francisco Benevides Gadelha, a comparecer à Assembleia Legislativa para tratar de medidas concretas a serem tomadas para garantir que a redução de preços da cesta básica chegue integralmente aos consumidores.
“Vamos cobrar a quem temos que cobrar, inclusive acionando os órgãos de defesa do consumidor e o Ministério Público para fazer valer este direito”, afirmou Maia.
De acordo com as queixas de Anísio, um mês já se passou do anúncio da presidenta Dilma e, até agora, o que vimos foram aumentos nos preços, mais inflação e desrespeito à população por parte dos grandes empresários. “Pois são eles que controlam as grandes redes atacadistas”, destacou.
Com a medida, o Governo Federal renunciou a R$ 5,5 bilhões em receitas para 2013. Contudo, pelo que aponta o parlamentar, as grandes indústrias de alimentos e de produtos de higiene, assim como as grandes redes de supermercados, não pretendem abrir mão de seus gigantescos lucros.
“Dizem que não repassarão por completo ao consumidor a isenção dos impostos”, denuncia.
MaisPB
com assessoria
ZONA AZUL - 12/11/2025