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Placa é recolocada após engenheiro ser baleado em favela

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publicado em 11/06/2013 às 14h12

Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela, próximo ao local onde o engenheiro Gil Augusto Barbosa foi baleado, recolocou, na madrugada desta terça-feira (11), a placa de sinalização no acesso à comunidade Vila do João, no Conjunto de Favelas da Maré. Gil teria procurado um retorno e entrado por engano na favela. Na segunda-feira (10), a equipe do G1 foi até o local e constatou que não havia placa.

Na tarde de segunda, dois suspeitos que se apresentaram como os autores dos disparos. No entanto, a Polícia Civil desconfia da versão apresentada pela dupla. Os agentes querem saber se a ordem para a dupla se entregar partiu dos chefes do tráfico da comunidade – os irmãos Marcelo das Dores, conhecido como "Menor P" e Fabiano Santos de Jesus, o "Zangado". Há a possibilidade também da realização de exame de confronto balístico entre o projétil retirado do corpo do engenheiro e as armas entregues à polícia.

O caso aconteceu por volta das 10h30 de sábado (8). O engenheiro estava indo buscar sua mulher no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), quando recebeu uma ligação dela, avisando que já estaria em um táxi de volta para casa. Gil teria procurado um retorno e entrado por engano na favela.

Após engenheiro ser baleado, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse nesta segunda-feira (10) que não fará uma sinalização específica para áreas de risco na cidade. "Não vamos colocar placa para indicar área de violência. O Rio está passando por muitas transformações e uma grande transformação é na segurança pública. Esse comando dos traficantes em determinadas áreas e esse desrespeito pela vida humana que têm que acabar e eles sabem que isso é só uma questão de tempo", declarou Paes durante evento no Centro do Rio.

O delegado José Pedro Costa, da 21ªDP (Bonsucesso) informou que um grupo de cinco suspeitos participou da ação, que terminou com o engenheiro baleado. O delegado explicou ainda que pedirá as imagens das câmeras de segurança da Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela, próximo ao local onde Gil foi baleado.

Estado grave – O engenheiro está internado no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, seu estado era considerado grave, porém estável, nesta terça-feira.

"É indescritível, porque você nunca imagina. Não tem como você não se surpreender, entendeu? É como você, de repente, cair no abismo e não ter onde se segurar", declarou um parente de Gil em entrevista ao Bom Dia Rio.

De acordo com o inspetor Flavio Loureiro, um catador de lixo que trabalha na Linha Amarela também foi atingido com uma bala nas nádegas e contou que viu quando o engenheiro errou o caminho e em seguida foi atingido por um projétil.

Segundo a polícia, o veículo foi encontrado pelos agentes próximo à UPA do local e o caso foi registrado como tentativa de homicídio.

Caso semelhante – O assistente de direção da TV Globo Thomaz Cividanes dirigia um carro blindado quando entrou por engano na favela do Morro do 18, em Água Santa, na Zona Norte do Rio, na madrugada do dia 19 de maio, e foi atacado a tiros. Apesar da blindagem, ele foi ferido na perna por uma bala que conseguiu atravessar a porta.

G1

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