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Investir no futuro do nosso país. Esta é uma das metas seguidas pela termelétrica Borborema Energética, localizada em Campina Grande. Em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) a indústria está investindo no desenvolvimento de pesquisas do Laboratório de Bio Energia, Arquiteturas Dedicadas e Inteligência Artificial (Beladia). Atualmente dois projetos estão sendo desenvolvidos: Gases Intelligent Sensing (Gasis) e Repair over Air using Artificial Intelligence (Reparai).
O “Gasis” consiste no desenvolvimento de ferramentas que possibilitem o monitoramento on-line dos gases emitidos pela termelétrica quando estiver em atendimento a ordem de despacho. O projeto, que teve início em 2012, terá duração de 24 meses e terminará em agosto de 2014. “Os alunos da UFCG, juntamente com os professores, realizam de maneira sistemática a coleta de dados na empresa para o desenvolvimento dos trabalhos e a elaboração de relatórios mensais. Todo o projeto é avaliado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”, explicou Gustavo Espínola, coordenador do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Borborema Energética.
O gerente do laboratório Beladia, Sérgio de Brito, explicou que, com o Gasis, será possível medir a emissão de gases como o monóxido de carbono (CO) e o dióxido de carbono (CO2). “O objetivo do Gasis é fazer a medição, à distância, da emissão de gases para a atmosfera proporcionando o controle e acompanhamento mais rígido dos níveis de emissões atmosféricas”, segundo Sérgio de Brito.
Já no “Reparai”, os pesquisadores desenvolvem um sistema que, através do som emitido pelos motores da termelétrica, será possível identificar a ocorrência de uma falha em tempo real. No momento que algum ruído diferente é captado, um alarme é acionado para informar sobre um possível problema. “O fruto desse projeto é entregar um sistema de monitoramento em tempo real em ambiente altamente ruidoso, próprio da atividade”, explicou Gustavo Espínola.
Além do doutorando Sérgio de Brito, participam ainda do Gasis e do Reparai a professora Joseana Fechine, que lidera os projetos, Helmut Neff, Silvana Cunha e o professor Elmar Melcher como convidados. Oito alunos, entre eles estudantes da graduação e da pós-graduação, também integram os projetos e recebem uma bolsa de estudos. Segundo o professor, com essa parceria tanto os estudantes quanto a termelétrica saem ganhando.
“Os estudantes colocam em prática o que aprendem em sala de aula. Eles participam da geração de algo que daqui a algum tempo será absorvido pela indústria. Ganha a indústria, que já usa certos conhecimentos científicos e ganham os alunos que saem dos livros”, explicou Sérgio Brito.
A direção da termelétrica Borborema Energética compartilha esse sentimento. “Para a empresa é gratificante saber que a empresa está investindo no desenvolvimento de nossa cidade e fomentando o desenvolvimento de tecnologias inovadoras além de contribuir para a formação dos futuros profissionais do setor energético, em parceria com a UFCG, que é uma instituição de ensino respeitada”, finalizou Sérgio Cândido, gerente administrativo da Borborema Energética.
Recentemente a equipe do programa de PeD da Borborema Energética juntamente com os pesquisadores da UFCG participou, durante uma semana, do VI Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica, no Rio de Janeiro. “Participamos de várias sessões técnicas que serviram para balizar nossas ações no tocante ao trabalho que estamos desenvolvendo na Borborema. Na ocasião pudemos constatar que estamos no caminho certo e evoluindo para excelência no que diz respeito à inovação tecnológica no setor energético brasileiro”, termina Sérgio Cândido.
Da Assessoria
ENTREVISTA À REDE MAIS - 10/11/2025
