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Falta de pagamento dos servidores provoca greve na saúde em Campina

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publicado em 23/08/2013 ás 16h48

Os médicos que atendem no Hospital Municipal da Criança e do Adolescente Bezerra de Carvalho, em Campina Grande, entraram em greve por tempo indeterminado, por conta do não pagamento dos salários referentes ao mês de julho.

A informação pegou de surpresa quem precisou usar o hospital nesta sexta-feira (23). É que os profissionais mantiveram o atendimento apenas para os casos de urgência. Quem precisou de um atendimento ambulatorial, por exemplo, teve que deixar o hospital sem ser atendido, o que gerou revolta e muita reclamação por parte dos pais das crianças.

O taxista José Soares levou uma mãe com seu filho menor para ser atendido. Ao chegar na unidade, a mãe, quando descia do táxi, recebeu a informação de outras mães de que o Hospital da Criança não estava atendendo, pois os médicos estavam de greve. Ela pediu ao taxista que esperasse e desceu, para obter a informação.

“Em poucos minutos ela voltou e disse que, realmente, não estavam atendendo, que só havia uma mulher no balcão que disse que ela voltasse para casa, pois a partir de hoje só haveria atendimento para casos de urgência, por conta da greve”, disse José Soares.

No caso do ISEA a situação também não há perspectiva de retorno do trabalho. É que a proposta da secretaria de Saúde foi de pagar os salários de julho dos prestadores de serviço no início de setembro. A decisão dos servidores foi manter a paralisação, até que uma nova proposta seja apresentada.

Sintab lamenta indiferença do prefeito – Na tarde desta sexta o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste da Borborema – Sintab emitiu nota lamentando a indiferença do prefeito Romero Rodrigues (PSDB).

“Mesmo não sendo ouvidos pelo prefeito Romero Rodrigues, e parte dos vereadores do município, que foram a favor da lei da pactuação dos serviços da Saúde na cidade, os servidores da secretaria de Saúde realizaram na manhã desta sexta-feira (23) um protesto em frente ao Instituto Elpídio de Almeida (Isea), reforçando a negativa contra a nova gestão dos serviços oferecidos pela pasta”, diz o comunicado.

“Munidos de faixas e cartazes, os trabalhadores alertaram os usuários da principal maternidade do interior da Paraíba sobre os riscos que uma gestão pactuada trará, caso seja colocada em prática. Mais de 50 funcionários estiveram no local e cobraram diálogo com a gestão, já que nem mesmo após a entrega de um abaixo assinado contrário à pactuação, a gestão municipal decidiu atender os servidores”, complementa.

“A direção do Sintab esteve presente no protesto e reforçou o posicionamento dos servidores que estão temerosos acerca dessa nova gerência no serviço de Saúde que está sendo preparada para funcionar. Segundo o presidente do Sintab, Napoleão Maracajá, a pactuação trará prejuízos tanto para a população, como também para os servidores. “Essa lei veio para precarizar de vez o serviço de Saúde de Campina Grande. Servidores e população com certeza serão afetados”, atestou Napoleão Maracajá”, finalizou a nota.

MaisPB com Assessoria

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