João Pessoa, 22 de outubro de 2013 | --ºC / --ºC
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O Ministério Público do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), informou nesta segunda-feira que denunciou mais 15 policiais militares envolvidos na tortura e morte do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza. Outros 10 PMs já haviam sido acusados e estão presos.
O MP pediu a prisão preventiva, que já está decretada pela Justiça, de três PMs: o sargento Reynaldo Gonçalves, o sargento Lourival Moreira e o soldado Wagner Soares do Nascimento, denunciados por tortura, formação de quadrilha e ocultação de cadáver. Os outros 12, por enquanto, responderão em liberdade.
A denúncia foi feita com base em cinco depoimentos considerados contundentes pelo Gaeco e por uma prova técnica – uma escuta telefônica. Os 25 policiais irão responder pelo crime de tortura – oito deles por omissão. Dezessete deles foram denunciados por ocultação de cadáver e outros 13 por formação de quadrilha armada. "Outros moradores relataram abusos de autoridade e lesões corporais. A partir daí indiciamos também por formalção de quadrilha armada", explicou a promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho.
Quatro PMs foram acusados ainda de fraude processual. As penas para os casos variam de nove anos e quatro meses a 33 anos de prisão.
O sumiço de Amarildo
Amarildo sumiu depois de ser levado por PMs para a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na comunidade. O ex-comandante da unidade sustentou que o pedreiro foi ouvido e liberado, mas nunca apareceram provas que mostrassem Amarildo saindo da UPP, pois as câmeras de vigilância que poderiam registrar a saída dele não estavam funcionando. Dez PMS foram presos e serão julgados por tortura seguida de morte e ocultação de cadáver.
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