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processo de interiorização

Paraíba abrigará 45 imigrantes da Venezuela

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publicado em 03/07/2018 às 10h00
atualizado em 03/07/2018 às 13h38

Um grupo formado por 45 venezuelanos será transferido de Boa Vista, em Roraima, para o município de Conde, na Paraíba, nesta terça-feira (3). O processo de transferência é feito pelo Governo Federal com apoio do Sistema ONU no Brasil e faz parte da nova etapa do processo de interiorização dos imigrantes.

No estado eles ficarão em abrigo localizado no distrito de Jacumã, de responsabilidade do Serviço Pastoral do Migrante, que abrigará prioritariamente homens e mulheres entre 18 e 30 anos, além de famílias. Os abrigos de Igarassu e do Rio de Janeiro são administrados pela ONG Aldeias Infantis SOS.

Outras 69 pessoas serão levadas para Igarassu, em Pernambuco e 50 para o Rio de Janeiro. Esta será a primeira vez que essas três cidades recebem venezuelanos voluntários da interiorização. Os imigrantes sairão em um voo de Boa Vista com destino ao Recife. Na capital pernambucana, desembarcam aqueles que optaram por morar em Pernambuco e na Paraíba. O avião seguirá viagem para o Rio de Janeiro.

A interiorização é uma iniciativa criada para ajudar venezuelanos em situação de extrema vulnerabilidade a encontrar melhores condições de vida em outros Estados brasileiros. Todos os solicitantes de refúgio e migrantes que aceitam participar da transferência para outras cidades passam por uma sessão de orientação sobre o processo de interiorização e as cidades de destino, realizam exame de saúde, são imunizados, abrigados na cidade de destino e acompanhados nos abrigos.

A ONG Aldeias Infantis, com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), receberá famílias com crianças e adolescentes, além de mulheres sozinhas ou grávidas.

Ao todo, 527 venezuelanos foram levados para as cidades de São Paulo, Cuiabá e Manaus, em durante os meses de abril e maio. O processo é organizado pelo Governo Federal com apoio da ACNUR, da Organização Internacional para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Por meio do registro dos venezuelanos abrigados em Roraima, o ACNUR estabelece o perfil desta população e identifica os interessados em participar da estratégia. A OIM e o UNFPA atuam na informação prévia ao embarque, garantindo que as pessoas possam tomar uma decisão informada e consentida, sempre de forma voluntária. O UNFPA promove diálogos com as mulheres para que se sintam fortalecidas neste processo.

A OIM ajuda na organização dos voos e acompanha os venezuelanos participantes no processo, que assinam termo de voluntariedade. O PNUD tem promovido seminários com o setor privado para estimular a inserção de trabalhadoras e trabalhadores venezuelanos no mercado de trabalho brasileiro.

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