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Porta-voz de nega omissão de João Paulo II em casos de pedofilia

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publicado em 25/04/2014 ás 14h56

 O Papa João Paulo II "não conhecia os resultados da investigação sobre os casos de abusos sexuais" porque morreu antes que este trabalho tivesse terminado, declarou nesta sexta-feira (25) o porta-voz do papa polonês, Joaquín Navarro Valls.

Em uma coletiva de imprensa no Vaticano, como parte das atividades organizadas para a canonização de João Paulo II e João XXIII no domingo, Navarro Valls respondeu, assim, a uma pergunta sobre os abusos sexuais, em particular do mexicano Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo.

No mundo alguns acusam o papado de João Paulo II de ter acobertado estes casos.

Segundo Navarro Valls, médico psiquiatra, jornalista e membro da organização conservadora Opus Dei, no início o problema da pedofilia ‘não foi entendido por ele, nem por ninguém (…) A pureza de seu pensamento tornava impossível para ele compreender esta situação’.

E acrescentou que o Papa convocou os bispos americanos a abordar o assunto porque dali vieram as primeiras denúncias.

"O processo canônico contra o padre Maciel – lembrou – começou com João Paulo II e terminou um ano depois da posse de Bento XVI".
Sobre o papa polonês, contou também que tinha uma grande capacidade de trabalho, rezava muito e sorria sempre.

"Não posso resumir todos os aspectos de santidade que vi em João Paulo II, mas acredito principalmente que três coisas o caracterizavam: rezar, trabalhar e sorrir. Nele, a oração era a necessidade mais profunda. Assim como para mim é respirar, para ele era rezar", contou.

"Tinha uma capacidade de trabalho incrível", acrescentou.

E citou a história de quando o Papa estava de férias na montanha e ele, para convencer o pontífice a permanecer mais tempo, disse que os trabalhadores italianos tinham por lei o direito a um mês de férias pagas por ano.

"Que pena – respondeu o Papa – porque eu sou cidadão Vaticano", contou Navarro.

Não lhe faltava bom-humor, mesmo quando já estava doente.

Outra vez, contou o ex-porta-voz, quando alguém visitou o pontífice e disse que ele estava bem, João Paulo II, que já estava doente, respondeu: "Você acredita que não me vejo na televisão como realmente estou?".

G1

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