Deficiências, mediocridade e falhas nas prefeituras nos municípios da Região desaguam na Capital

São cidades com arrecadação acima da média e privilegiadas pela proximidade com as riquezas e oportunidades da Capital. Apesar das vantagens, as gestões dos municípios da Região Metropolitana de João Pessoa não conseguem transformar essa condição em resultados práticos de desenvolvimento.

Todas, sem exceção, vivem experiências pouco alvissareiras. Não há gestão nessa Região que encha os olhos ou que sirva de modelo para o Interior, por exemplo. Pelo contrário, são alvo de denúncias, instabilidade política e de uma realidade de péssimos serviços ou quase nada de avanços.

A começar pelo Conde, belo município do litoral sul, adornado por praias exuberantes e dono de forte apelo turístico e de lazer. Em qualquer lugar do mundo, uma cidade com esse potencial seria uma ilha de excelência. Num recanto sofisticado, os governos são arcaicos. Muito mais aplicados em faturar no particular do que em servir ao público.

Em Cabedelo, o prefeito Leto Viana, que assumiu em condição sui generis, não conseguiu se livrar do perverso sistema implantado na cidade, onde os espaços de gestão são loteados entre vereadores em troca de sustentação política, um ciclo vicioso que corrói e engessa à administração municipal.

Bayeux não consegue fazer além do feijão com arroz. Mal planejada, amarga com o crescimento desordenado e alto índice de pobreza. As lideranças políticas não ajudam muito. No geral, sua representação começou a dar sinais de esgotamento e as necessárias expectativas de renovação são minguadas pelo viés assistencialista.

Santa Rita virou caso de polícia. A dilapidação é mandamento de ordem. A Câmara Municipal, um capítulo à parte. O entra e sai, de acordo com as conveniências e interesses contrariados, falam por si só. A cidade, rica em receitas, virou palco de um enredo grotesco que faz inveja a Dias Gomes.

A soma de mediocridade com instinto de rapinagem resulta num produto de baixa qualidade. Municípios de grande porte ou de grande potencial vivendo de remendos pontuais, geridos com pouca criatividade e entregues, no geral, a uma representação política abaixo da média. Uma realidade que compromete presente e futuro.

Pegando no…
O prefeito Luciano Cartaxo (PSD) vai usar o quadro de desajuste das finanças da Paraíba para, sempre que for provocado, questionar o governo Ricardo Coutinho.

…Pé
Diz que João Pessoa vive a mesma crise de receitas, mas conseguiu fechar o ano sem estourar a LRF e sem comprometer pagamento de fornecedores.

Oi, Campina!
A Oi lançou sua cobertura 4G no município de Campina Grande, ontem. A companhia também lança a cobertura 4G em outros 16 estados. A ativação da rede será concluída até 31 de dezembro, quando o sinal 4G estará disponível em todas essas cidades. Com os novos lançamentos, a cobertura 4G da Oi chega a 133 municípios, com população de cerca de 90 milhões de pessoas.

BRASAS
*A interlocutores, o senador Raimundo Lira (PMDB) externou preocupação quanto aos efeitos do TCM no futuro “nacional” do governador Ricardo Coutinho.

*Secretário Luís Tôrres organiza a agenda de fim de ano do governador  com entrevistas nos principais veículos.

*A cantora Val Donato, assumidamente gay, conta que certa vez cantando ouviu da platéia um senhor exclamar na mesa: “Rapaz, eu acho que aquele galego é fresco”.

*João Bosco Carneiro Júnior (PSL) avisou a Ricardo, olho no olho, que votaria contra a tese do TCM na Assembleia.

*Os deputados Ricardo Barbosa e Estela Bezerra (PSB) continuam como Tom e Jerry.

*O presidente da Câmara, Durval Ferreira (PP), passou a tarde/noite ocupado demais, ontem…

FALA CANDINHA!
Caminho das pedras
Dona Candinha, falastrona por natureza, não respeita nem o clima natalino. Ontem, por telefone, ligou só pra provocar: “Sabe qual é a receita pra se dar bem com o mago?”, interrogou para emendar respondendo: “Pergunte a Gervasinho…”. E desligou.

PONTO DE INTERROGAÇÃO
Quem será o próximo algemado na Operação Andaime?

PINGO QUENTE
“Encontrei a Paraíba em um quadro de terra arrasada”. Do governador Ricardo Coutinho, que sucedeu José Maranhão (PMDB), hoje seu aliado.

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