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Mais de mil pessoas participaram, na manhã desta terça-feira, dia 15, da mobilização “A Paraíba Pela Democracia: Golpe Nunca Mais”. O ato comandado pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) reuniu lideranças políticas, artistas, sindicalistas e dirigentes partidários, além de servidores públicos e ativistas, no teatro Paulo Pontes, na Fundação Espaço Cultural, em João Pessoa.
O evento desta terça-feira foi um ‘esquenta’ para a mobilização de amanhã, dia 16, em sincronia com mobilizações em todo o País. Em João Pessoa, os manifestantes se reunirão, a partir das 16h, na Praça da Independência, no Centro. O ato público (organizado nacionalmente pela Frente Brasil Popular) é em defesa da democracia, punição ao deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Essa é a resposta daqueles que estavam calados, talvez perplexos. Mas, ao mesmo tempo, a convocação é para dizer que nós não temos absolutamente nada a ver com desvios que sejam cometidos e que a justiça aja. Mas, nós queremos sim que efetivamente a legalidade democrática seja respeitada. E que é fundamental que a estória com ‘e’ de tentar o impedimento de uma presidente seja deixada para trás e o país possa caminhar adiante. Já perdemos tempo demais”, disse o governador Ricardo Coutinho, em entrevista à MaisTV.
O governador socialista lembrou que, somente em João Pessoa, já são 4 mil trabalhadores desempregados na construção civil. “Quem que vai pagar essa conta? Quem que vai pagar a conta da falta de comida na mesa? Da falta de perspectiva para a família? Os mais variados setores não conseguem ativar o seu processo. Perdemos o ano de 2015! E a oposição ao Brasil quer que o País perca também o ano de 2016”, destacou o governador.
Para o presidente do diretório estadual do PT, Charliton Machado, também em entrevista à MaisTV, a mobilização é uma resposta da sociedade frente a um panorama que põe em risco a nossa democracia. “É uma reação da sociedade organizada do Brasil e, no caso, aqui da Paraíba, que apesar de estar preocupada com a questão econômica e política, entende que a principal saída é pela democracia e não pelo golpe. É unir as forças pela democracia sempre. Unir o país pelas saídas políticas, mas jamais pregando o golpe e o autoritarismo”, disse Charliton.
O discurso de Charliton foi complementado pelo cantor e compositor Chico César, ex-secretário estadual de Cultural. Também em entrevista à MaisTV, ele defendeu a presidente Dilma e, mais ainda, a democracia, desqualificando políticos de oposição que querem o impeachment da petista. “O impeachment da presidente Dilma, do que jeito que é colocado agora e por quem é colocado agora, por esse grupo que está todo sujo, todo investigado, todo mundo, todo mundo desses partidos que querem tirar a presidente Dilma está todo mundo com medo de ser investigado e já estão sendo investigados”.
Para Chico César, é impossível aceitar um pedido de impeachment nesses termos e por essas pessoas que formam a oposição no Brasil. “Não há nada que desabone diretamente e pessoalmente a presidente Dilma. Não há uma conta sequer no nome dela nem dinheiro suspeito. Nem aqui nem fora, na Suíça ou em qualquer lugar”, finalizou Chico César.
Jãmarrí Nogueira-MaisPB
em João Pessoa - 15/12/2025
