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Gilson Lira é Master Coach e Trainer em PNL com certificações pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBC), Sociedade Euroamericana de Coaching (SEAC) e Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL). Bacharel em Comunicação Social e pós-graduado em Marketing e Gestão de Pessoas. Coautor dos livros “PNL para Professores”, “Segredos do Sucesso – Histórias de Executivos da Alta Gestão”, “Coaching para Gestão de Pessoas” “Empreendedorismo” e “Bíblia do Coaching”. Atualmente ocupa o cargo de diretor de mercados internacionais da Embratur. [email protected]

Ame o que você faz… ou não faça

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publicado em 06/06/2015 ás 14h36

O que você faz dá prazer e satisfação? Deixa-o plenamente feliz e realizado? Satisfação pessoal, realização profissional, crescimento e bem estar financeiro se dão por estarmos executando um trabalho que nos dignifica, um trabalho pelo qual gostamos e amamos realizar.

Para o coach e autor do best-seller ‘Poder Sem Limites’, Anthony Robbins, uma das chaves do sucesso é fazer um casamento bem-sucedido entre o que você faz e o que você gosta. Warren Buffet, o famoso investidor e filantropo americano, foi um pouco mais enfático ao dizer: “Encontre alguma coisa pela qual seja apaixonado e só trabalhe com pessoas que goste. Se você trabalha todos os dias com o estômago embrulhado, está no lugar errado”. Penso que tanto o Tony quanto Buffet – o terceiro homem mais rico do mundo, segundo a revista Forbes – estão absolutamente corretos em suas observações. Afinal, quando se faz o que gosta tudo parece fluir com muito mais facilidade, correto? Por outro lado, quando se está desempenhando um trabalho sem paixão, apenas por obrigação e trabalhando com pessoas que não gosta, o indivíduo acaba fazendo um mal danado não só ao seu empregador, mas, principalmente, a sua própria pessoa. Não tem outra. As pessoas tidas como realizadas e bem-sucedidas em suas profissões são caracterizadas por trabalharem naquilo que lhe dão plena satisfação pessoal. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos constatou exatamente isso: 94% das pessoas que têm se destacado estão realizando o trabalho que mais gostam.

Recentemente, o Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (Ipom) concluiu um levantamento feito com trabalhadores brasileiros e o resultado revelou que os índices de insatisfação com o ambiente de trabalho estão elevadíssimos: sete em cada dez profissionais consultados demonstraram insatisfação com o seu trabalho. Isso mesmo que você leu. De cada dez profissionais que responderam ao Instituto, sete deles confessaram não estarem satisfeitos com a sua carreira ou emprego e gostariam de trocar de função ou empresa.

Ai você se pergunta: “Mas por que isso acontece?”. Por alguns fatores, claro, mas penso que é importante frisar dois deles. O primeiro é que grande parte das pessoas não define para si próprio, ainda cedo, aquilo que realmente querem para sua vida e o seu futuro. E por essa razão muitas delas se prendem ao primeiro trabalho que encontram. Na maioria das vezes mantendo-se nele por toda uma vida, mesmo que sempre reclamando desse trabalho. O segundo fato se dá por conta da falta de flexibilidade por parte de muitas dessas pessoas. É fato, se o que está fazendo não está obtendo o resultado desejado, tanto no quesito bem-estar e felicidade profissional quanto no financeiro, deve-se buscar conversar o mais rapidamente com o chefe (ou líder da equipe) e demonstrar isso para ele. Nada substitui uma conversa franca, amistosa e verdadeira. E se por acaso ambos não chegaram a um denominador comum, paciência, talvez seja a hora de, quem sabe, você começar a buscar novos caminhos. Muitos profissionais não gostam do que fazem, mas teimam em não mudar de trabalho; teimam em não crescer e evoluir. A propósito, como já defendeu há algumas décadas Albert Einstein: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”.

Trago duas importantes orientações que exemplificam muito bem isso que estamos falando. A primeira, vinda da Carly Fiorina, empreendedora bem-sucedida que por muitos anos foi CEO da Hewlett-Packard, e a segunda do genial, e também muito bem-sucedido, Steve Jobs. No ano de 2000, na cerimônia de graduação do MIT (Massachusetts Institute of Technology), Carly Fiorina pronunciou as seguintes palavras: “Ame o que você faz ou não o faça. Não faça nenhuma escolha, seja na sua carreira ou na sua vida, só por que ela agrada outras pessoas ou por que alguém acha que isso vale mais… escolha fazer algo por que isso traz alegria ao seu coração e à sua mente. Escolha isso por que isso envolve você por completo”. Por sua vez, exatamente cinco anos mais tarde, curiosamente também em uma cerimônia de graduação, só que desta vez na Universidade de Stanford, Steve Jobs transmitiu o seguinte conselho: “Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama”. Jobs ainda procurou lembrar-nos de como o nosso trabalho preenche uma parte grande da nossa vida, a única maneira de ficarmos realmente satisfeitos era, justamente, fazendo o que acreditamos ser um ótimo trabalho. “E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz”, orientou o inventivo Jobs.

Portanto, espero sinceramente que a ocupação profissional que você escolheu para a sua vida esteja permitindo-o empregar plenamente suas capacidades e aptidões, senão sinto muito em ter que dizer que você corre sérios riscos de viver uma vida pouco produtiva. E o pior de tudo, infeliz.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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