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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

E o rio desaguou

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publicado em 10/03/2017 às 13h12
atualizado em 10/03/2017 às 11h27
Monteiro – Vinte e cinco anos atrás, o poeta paraibano Aracílio Araújo foi tomado de inspiração ao ler uma manchete da revista Istoé.
Na capa, o título o “fim do drama” mexeu com o itabaianense. Em minutos, como num transe espiritual a letra da composição, mais tarde gravada com sucesso por Flávio José, estava pronta.
Assim como Aracílio e Flávio, tantos outros nordestinos, especialmente paraibanos, chegam a esse histórico dia 10 de Março, com o sentimento de que o sonho que se sonha junto vira realidade.
Uma realidade que promete ser bem melhor do que a que amargamos por séculos de insegurança hídrica. Um subdesenvolvimento responsável pelos estigmas e preconceitos históricos.
Que a profecia de Aracílio nos seus versos projetando açudes cheios e irrigação para mais de “milhão” se transforme, em breve, numa paisagem real, fonte de vida e impulso econômico.
Antes disso, saudamos a Transposição como elemento de justiça social e dignidade humana. Nenhum país pode ser considerado justo enquanto pelo menos um dos seus filhos seja humilhado pelo direito a um copo d’Água negado.
Humilhação que encorajou o poeta, na sua pureza, a clamar: “Priorize esse projeto, seu doutor”.  E um nordestino, Lula da Silva, levou esse apelo a sério, enfrentou burocracia, poeira e sol, desbravou serras e pedras, dando o ponta-pé que nos fez chegar até aqui.
“Doutor” Michel Temer, integrante e colaborador dessa odisseia, tem que louvar aos céus para agradecer pelo privilégio. Porque sob seu governo, o Brasil hoje finalmente “deixou o rio desaguar”, como suplicou, em nome de milhões, Aracílio Araujo, e cantou Flávio Jose, filho da Monteiro a quem o destino reservou a porta de entrada das águas de um novo tempo.
Testemunhas da história
O programa 60 Minutos – da Rede Arapuan de Rádios – será gerado hoje direto de Monteiro, dos estúdios  da rádio Imprensa FM. De lá, Nossa equipe vai contar o que testemunhou com os próprios olhos.
*Ampliação – Ja tem data para começar a conexão do 60 Minutos em Pombal. Dia 31 de março o programa chega à região pela Liberdade FM.
*Olha eu aqui – O senador José Maranhão, ao seu modo, reivindicou ontem seu papel na transposição, lembrando que preparou o estado com estrutura hídrica.
*Moderação – Por mais institucional que seja na essência, a presença do vereador Tibério Limeira (PSB) na abertura do orçamento participativo foi um gesto de distensão política, em meio às socialistas que estimulam o confronto.
*Beco estreito – Ficou pra lá de difícil à convivência entre a direção estadual do DEM e o deputado João Henrique.
*Solução – Presidente da Assembleia, Gervasio Filho, se prepara para deliberar a volta da normalidade nas companhias institucionais do Poder.
FALA CANDINHA
No terreiro do Nordeste
De Dona Candinha sobre os dividendos políticos da inauguração da Transposição:
De gota em gota, Temer vai enchendo o papo. 
PONTO DE INTERROGAÇÃO
Quando Temer virá a João Pessoa prestigiar os aliados Luciano Cartaxo, Jose Maranhão e Manoel Júnior?
PINGO QUENTE
“Uma luta de muitos e uma conquista de todos”. Do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-foto), sobre a inauguração da Transposição.

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