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“Como se não houvesse amanhã”? (II)

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publicado em 06/07/2016 às 12h35

Insistimos em dizer, tal como cantado por Renato Russo: “É preciso amar/ Como se não houvesse amanhã”. Entretanto, essa expressão “como se não houvesse amanhã” bem se apropria – aliás, só se apropria – às coisas do bem… à prática do amor!

No mais, não deixemos de pensar no amanhã, seja em relação ao próprio viver (o que nos remete a cuidados inclusive com a saúde individual, para não sermos surpreendidos com um quadro clinico inimaginável), seja relativamente às (infra)estruturas das cidades onde vivemos, ampliando esta preocupação aos estados e ao país.

A primeira parte destes escritos, publicada dia 29 de junho, terminamos dizendo que “um bom amanhã só pode ser construído com união entre os governos”, isto, obviamente, aludindo-nos principalmente aos centros urbanos. Esta harmonia entre as esferas governamentais quase não se vê. Cada uma dessas esferas de governo olha pra seu próprio umbigo e às vezes até chega a realizar determinada obra que, se feita em sintonia com as demais esferas, resultaria bem melhor… e mais econômica… inclusive e principalmente evitando duplicidade desnecessária. Entretanto, cada esfera de governo, isoladamente, quer sempre dizer “esta obra é minha”, fazendo-nos lembrar aquela canção de Erasmo Carlos (“Mesmo que seja eu”) que tem uma estrofe a dizer: “Você precisa de um homem pra chamar de seu”.

Preferimos, todavia, conclamar os governantes para o que Vinícius de Morais cantou: “Pensem nas crianças/ Mudas telepáticas/ Pensem nas meninas/ Cegas inexatas/ Pensem nas mulheres/ Rotas alteradas/ Pensem nas feridas/ Como rosas cálidas/ Mas, oh, não se esqueçam/ Da rosa da rosa/ Da rosa de Hiroshima/ A rosa hereditária/ A rosa radioativa/ Estúpida e inválida/ A rosa com cirrose/ A anti-rosa atômica/ Sem cor, sem perfume/ Sem rosa, sem nada!”

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