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Hugo reage a Eduardo Bolsonaro: “Não funciono sob ameaça”

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publicado em 21/08/2025 ás 17h32
atualizado em 21/08/2025 ás 17h48
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), afirmou nesta quinta-feira (21) que não pretende mudar sua conduta diante das declarações feitas pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro.

Segundo ele, é preciso manter imparcialidade e equilíbrio para que a Câmara se concentre nos problemas do país. Motta também disse que não se deixa influenciar por ameaças ou pressões externas.

“Não levo em conta esse tipo de ameaça. Não funciono sob pressão e isso não altera meu humor nem a forma como atuo”, declarou Motta.

Eduardo Bolsonaro tem direcionado ataques a Motta e também ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). O parlamentar chegou a sugerir que ambos poderiam ser alvo de sanções do governo norte-americano caso não pautassem projetos de anistia e pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na última sexta-feira (15), Motta encaminhou ao Conselho de Ética da Câmara quatro representações contra Eduardo Bolsonaro – três apresentadas pelo PT e uma pelo PSOL – que estavam paradas na Mesa Diretora. As ações pedem a cassação do mandato do deputado por suposta quebra de decoro, acusando-o de atuar contra os interesses do Brasil e em favor de pressões externas.

“O deputado Eduardo Bolsonaro será tratado como qualquer outro. Não haverá privilégios nem perseguições. O papel do presidente da Casa é manter equilíbrio e imparcialidade, para que a Câmara esteja voltada aos problemas reais do país”, revelou Motta.

Paralelamente, Eduardo e o ex-presidente Jair Bolsonaro foram indiciados pela Polícia Federal, nesta quarta-feira (20), sob acusação de coagir autoridades responsáveis pelo processo sobre a tentativa de golpe de Estado.

Em resposta, Eduardo Bolsonaro usou sua conta no X (antigo Twitter) para criticar a investigação.

“É lamentável e vergonhoso ver a PF tratar como crime o vazamento de conversas privadas, absolutamente normais, entre pai, filho e aliados”, escreveu. Ele também negou que sua atuação nos Estados Unidos tenha tido o objetivo de interferir em processos no Brasil, reforçando que sua defesa é pelo “restabelecimento das liberdades individuais” por meio do projeto de anistia que tramita no Congresso”, disse Eduardo.

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