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SÃO PAULO

Moradores de rua protestam contra possível proibição de sopão

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publicado em 29/06/2012 ás 16h03

 A fila se forma antes mesmo da van chegar. Alguns esperam ansiosos pela única refeição do dia; outros, mesmo que tenham almoçado, marcam presença como prevenção, já que não sabem o que os espera no dia seguinte. Há ainda aqueles que buscam um alimento quente para a noite fria da capital paulista, característica do inverno. Às 20h30 –em ponto–, os voluntários da Turma da Sopa chegam ao viaduto Condessa de São Joaquim, no centro de São Paulo, para servir cerca de 300 moradores de ruas.

As duas panelas de 50 litros demoraram menos de 40 minutos para acabar. Carne, abobrinha e batata eram alguns dos ingredientes da sopa de legumes, que transbordava seu cheiro por todo o quarteirão. Muitos pegaram a fila mais de uma vez. Teve até moradores que garantiram a marmita do dia seguinte – seja em um pote plástico ou em uma garrafa pet cortada ao meio.

A ação se repete sagradamente das segundas às quintas-feiras há aproximadamente 19 anos, conforme informou o voluntário Fernando Arruda, 26, que coordenou a distribuição nos trabalhos da última quinta-feira (28).

Mas essa tradição pode estar ameaçada. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana planeja acabar com o sopão nas ruas de São Paulo.

Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", a distribuição de sopas realizada por 48 instituições nas ruas do centro deverá ser proibida em um prazo de 30 dias. O sopão, de acordo com a proposta, passará a ser distribuído exclusivamente em uma das nove tendas da prefeitura, conhecidas como espaços de convivência social, que atendem pessoas sem teto na capital.

Uol

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