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Galdino diz que Aguinaldo precisa de João e alerta Cícero

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publicado em 05/04/2022 às 19h18
atualizado em 06/04/2022 às 05h07

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Adriano Galdino (Republicanos), cobrou ao deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) uma posição sobre se sairá candidato ao Senado. O nome do parlamentar é cotado para compor a chapa com o governador João Azevêdo, mas até agora não declarou publicamente que irá para disputa à Alta Casa do Legislativo Federal.

“Primeiro, Aguinaldo precisa dizer se é candidato. Até agora não disse. Só fez insinuar. Depois, ele tem que unir a base, inclusive em casa. Não tem sentido ele dizer uma coisa, Cícero outra e Daniella desdiz ou desmente. Está faltando unidade no PP e não tem autoridade para cobrar unidade no governo”, disse Galdino durante entrevista ao programa Hora H, da Rede Mais Rádio.

O presidente apontou, ainda, que hoje Aguinaldo necessita mais do apoio de João, do que o governador do PP. “Há quatro anos o PP, que é um partido grande, se vier para João, agrega, é importante, mas eles não são fundamentais na vitória de João. Há quatro anos eles não estavam na base de João e João saiu vitorioso. Quem precisa do governador é Aguinaldo. O governador quer o apoio de Aguinaldo, quer? Quer. Mas o governador ganhou há quatro anos sem o apoio de Aguinaldo. Sem o apoio do governador a candidatura de Aguinaldo não tem competividade”, destacou.

Adriano Galdino lembrou, ainda, que a aliança entre o PP e PSB poderá ser crucial para uma uma eventual reeleição de Cícero Lucena na Prefeitura de João Pessoa. “Se não fosse o apoio do governador a Cícero Lucena em 2020, o prefeito não teria ido para o segundo turno. O governador tirou a candidatura do companheiro Wilson Filho para apoiar Cícero Lucena. É preciso que o prefeito Cícero Lucena analise 2024, porque é importante para ele ter o apoio do governador”, frisou.

Ouça a entrevista: 

Confira a entrevista completa aos jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra:

– O senhor tem se colocado no leque de opções do governador João Azevêdo. Ao que se deve essa convicção?

Tenho acompanhado a grandeza da gestão. Tenho visto o quanto o governo tem chegado aos paraibanos e paraibanas e quanto é importante esse governo continuar. Aqui em Patos fomos recebidos com uma multidão. Todos para saudar o governador. Isso mostrou que João tem o apoio incondicional do povo de Patos.

– Está se levantando a possibilidade do Republicanos indicar um nome na majoritária? Esse nome seria para o Senado Federal ou vice-governador? Como fica a situação envolvendo Aguinaldo Ribeiro?

Sou a favor que as discussões de composição de chapa aconteçam em um momento oportuno, na data certa. As convenções vão acontecer de 15 de julho a 5 de agosto. Não tem porque o governador está apressado para decidir a majoritária. Essa composição só deve ser debatida próximo ao período das convenções.

– Ao mesmo tempo o seu partido (Republicanos) já se adiantou e anunciou apoio a Efraim Filho…

Nós tivemos uma conversa com o deputado Efraim Filho e acordamos de apoiá-lo para o Senado. Efraim foi nossa segunda opção. Nossa primeira opção não era Efraim, para ser sincero, franco, verdadeiro. Nossa primeira opção foi Aguinaldo Ribeiro. O governador João nunca me disse que tinha preferência por ele. Mas eu percebi que ele tinha uma simpatia maior com Aguinaldo. Começamos a conversar com Aguinaldo. O próprio Hugo Motta (líder da legenda na Paraíba) era um defensor da candidatura de Aguinaldo. Mas eu tive diversas conversas com Aguinaldo e essas conversas não iam para frente. Quando eu percebi que essas conversas não andavam, eu dei um ultimato a ele. Dei um prazo para ele definir e esse prazo não foi cumprido. Comuniquei a ele que a partir daquele momento eu iria conversar com Efraim. A minha primeira preferência foi Aguinaldo. Ele não teve capacidade política, não se movimentou, ou não quis nosso apoio.

– Se o seu nome for colocado como opção para o senado com o apoio de João, o Republicanos retira o apoio a Efraim?

Não vamos discutir hipóteses. Temos três candidaturas para o senado: a do ex-governador Ricardo Coutinho, a de Bruno Roberto e a de Efraim Filho que tem um acordo político conosco. O restante são conversas. Um dia Adriano é vice-governador, um dia sou senador. Eu sou mesmo candidato a deputado estadual. Estou com minha base tranquila e oferecendo meu trabalho.

– O que pode mudar seu trabalho focado na reeleição à Assembleia?

Sou um sujeito de grupo. Não tenho interesse pessoal, gosto de desafios. Não cheguei onde cheguei jogando na zona de conforto, sempre joguei no desafio, vencendo dificuldades, desafios e preconceitos também. Por isso cheguei onde estou hoje. Se por ventura uma nova conjuntura for aparecer e combinada com o grupo, governador, quem sabe eu não aceito? Mas isso é se acontecer. O importante agora é somar com o governador. Eu vi uma fala da senadora Daniella totalmente inconsistente e injusta. Ela fala de unidade da base do governo. Primeiro ela tem que olhar para a base do Progressistas. Primeiro de tudo Aguinaldo precisa dizer se é candidato ou não. Até agora não disse. Só fez insinuar. Depois ele tem que unir a base, até em casa. Não tem sentido ele dizer uma coisa, Cícero Lucena dizer outra aí depois chega a Senadora e contradiz ou desmente ele. Não tem autoridade para cobrar unidade na base do governo se não estão fazendo o dever de casa. Se vier (o PP), agrega votos, agrega estrutura, mas eles não são fundamentais para a vitória de João, pois há quatro anos atrás eles não estavam do lado de João e ele foi vitorioso. Agora para Aguinaldo ser candidato a Senador e sua candidatura ser competitiva ele precisa do apoio do governador. Não tem competitividade nenhuma. Trocando em miúdos: quem precisa do governador é Aguinaldo. O governador foi fundamental na vitória de Cícero Lucena. Se não fosse o apoio do governador, ele não teria ido para o segundo turno. Ele até tirou a candidatura de um aliado, Wilson Filho, para ajudar. Foi fundamental na vitória de Cícero. É importante que Cícero Lucena análise 24 porque é importante para ele o apoio do governador para ele encaminhar sua reeleição.

MaisPB

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