João Pessoa, 14 de julho de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Em entrevista ao Blog, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o PMDB deve comandar as duas Casas do Congresso Nacional, em 2013. Na Câmara dos Deputados, por causa de um acordo com o PT. E no Senado, porque a legenda tem maioria. Mas ele é cauteloso com o fato de ser o nome da presidente Dilma Rousseff para comandar o Senado. Senador licenciado pelo PMDB do Maranhão, Lobão é visto no Palácio do Planalto como a melhor alternativa para a sucessão de José Sarney (PMDB-AP).
Blog do Camarotti – A presidente Dilma já colocou a preferência pelo seu nome. Como isso vai se desenrolar até o próximo ano?
Edison Lobão – Isso foi referência, pode ter sido referência apenas. Essa é uma decisão da bancada e do Senado. Primeiro do PMDB e, em seguida, uma decisão de todos os senadores. Agora, num regime democrático, o presidente da república não está proibido de fazer também sua manifestação.
Blog – A presidente Dilma já conversou com o senhor? Porque nos bastidores, o que se fala é que ela gostaria de ter uma pessoa de confiança dela no Senado.
Lobão – Eu creio que a presidente evitará esse tipo de comentários até com a consciência de que precisa olhar um pouco à distância, com todo o cuidado. Essas decisões que são típicas do Congresso Nacional.
“Na Câmara há acordo entre os partidos, segundo o qual o presidente da Câmara eleito há dois anos seria do PT. E que o presidente seguinte, que vai ser agora em fevereiro do próximo ano, do PMDB. O acordo foi feito e será cumprido.”
“No Senado, há uma tradição segundo a qual a maior bancada elege o presidente da Casa. E a maior bancada é do PMDB. Aliás, longe da segunda. O PMDB tem 19 senadores. E o segundo maior partido tem 13. Uma diferença grande. Não há questionamento quanto a isso. O PMDB indicará o candidato a presidente do Senado. E dentro da tradição, os demais partidos ajudam a compor a mesa e apóiam a chapa única.”
Blog do Camarotti
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Deve haver novo aumento de combustível, diz Lobão
sex, 13/07/12
por Gerson Camarotti |
categoria Economia
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje que deve haver novo aumento de combustível ainda esse ano. Mas dessa vez, com impacto direto ao consumidor ainda este ano. “Nós podemos, creio eu, imaginar que ainda esse ano possa haver uma revisão desses preços de combustíveis já na bomba”, disse Lobão. O aumento do diesel de 6% anunciado pela Petrobras passa a vigorar na segunda-feira.
O Blog apurou que o novo reajuste deve ser de cerca de 7%. Esse percentual completa o reajuste de 15% do reajuste pedido pela Petrobras no quando definiu o Plano de Negócios da estatal. Em junho, a Petrobras aumentou o preço da gasolina em 7,8% e do diesel em 3,9%.
Mas na ocasião, para que esse aumento não chegasse aos postos, o governo anunciou uma medida: zerar a alíquota da Cide, o imposto dos combustíveis. Com isso, abriu mão da arrecadação para evitar alta nos preços da gasolina e do diesel para o consumidor. Segundo fontes do governo, avaliação é de que a inflação está controlada, mesmo com a queda dos juros. Portanto, o reajuste na bomba pode ser feito.
Veja entrevista do ministro Edison Lobão ao Jornal das Dez:
Leia trechos da entrevista:
“A Petrobras tem reivindicado frequentemente uma revisão dos preços dos combustíveis da bomba. Faz nove anos que não se faz nenhuma alteração a não ser atraves da Cide. Ou seja, não repercute no bolso do consumidor. E a Petrobras está a braços com um investimento gigantesco para a exploração do pré-sal. A Petrobras está fazendo a maior encomenda que existe hoje no mundo inteiro. Ela vai investir 250 bilhões de dólares em apenas cinco anos”, disse Lobão, para depois completar:
“Ou seja, 50 bilhões de dólares por ano. Encomendou 49 navios de transporte, petroleiros. Isso é um custo elevadíssimo. Está recebendo diversas plataformas de petróleo e diversas sondas. Isso tudo impõe à Petrobras despesas gigantescas. Nós compreendemos perfeitamente a situação da Petrobras. Sabemos que o preço do combustível está baixo, comparando-se com os preços internacionais. E precisamos dar um jeito de socorrer a Petrobras dentro da realidade, sem prejudicar o consumidor.”
Lobão concluiu:
“Não se aumenta o preço do combustível na bomba para que o consumidor não tenha repercussão negativa através da inflação. Mas são nove anos, quase dez. O brasil está vivendo um momento de inflação muito baixa, graças a Deus, mas de qualquer maneira, há sempre um resíduo inflacionário todo ano. Isso tudo acumulado durante 9 ou 10 anos dá um baque muito grande nas receitas da Petrobras”.
INVESTIGAÇÃO - 21/08/2025