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Entrevista: Pedro revela estratégias para 2022

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publicado em 20/12/2021 às 19h44
atualizado em 21/12/2021 às 04h38

O deputado federal Pedro Cunha Lima foi lançado nesta segunda-feira (20) como pré-candidato ao Governo do Estado pelo PSDB. O partido tinha anunciado anteriormente que iria apoiar o ex-prefeito de Campina Grande e presidente do PSD, Romero Rodrigues, na disputa, mas o campinense abdicou de concorrer ao Palácio da Redenção e trilha o caminho para uma aliança com o governador João Azevêdo (Cidadania).

Em entrevista ao programa Hora H, apresentado pelos jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra na Rede Mais Rádio, Cunha Lima traçou um diagnóstico sobre o projeto político, desafios da união da oposição e desistências antes de confirmar que vai encabeçar a chapa majoritária tucana. (ouça a entrevista no final da matéria). 

Hora H: O que lhe move a mudar seu projeto político de uma disputa da câmara federal para ir para uma candidatura ao governo do estado?

Pedro: Acima de tudo um propósito real de transformar as vidas da pessoa. A gente percebe que o Governo do Estado funciona de uma forma que não atende as necessidades, que não consegue colocar um ritmo de um novo tempo, da atualidade. É preciso ter mais inovação, é preciso ter a cabeça aberta para trazer o funcionamento da máquina pública para o Século XXI, para aquilo que a gente está vivendo hoje. A gente tem muita confiança no que é preciso ser feito, nas mudanças que precisamos trazer e no efeito de transformação na vida das pessoas que o Governo do Estado tem a capacidade de alcançar tendo essa nova maneira de ser. Ano que vem encerro meu segundo mandato de deputado federal. Depositei sempre até aqui o meu melhor. Tenho muita convicção das bandeiras que coloco como prioridade: a educação que é o principal instrumento de transformação no combate a desigualdade e combate aos privilégios. Em mim vem um sentimento de que está na hora de eu me propor a fazer um trabalho em uma outra esfera onde a gente possa fazer mais. Ter a capacidade e habilidade de no executivo poder tomar mais decisões sem precisar reunir a maioria num colegiado de 513. Tem muita coisa que a gente quer fazer e a gente não consegue porque o colegiado não está sintonizado na mesma mentalidade. No executivo você tem outro espaço de atuação e a gente tá muito motivado e estimulado nesse propósito de levar nosso espírito inovador para levar a vida de quem mais precisa.

Hora H: Qual a estratégia que o senhor pretende adotar para que possa dialogar com outros candidatos da oposição e não cometer o mesmo erro de 2018 quando a oposição foi rachada e acabou sendo derrotada?

Pedro: A estratégia inicial e que está acima de qualquer articulação política é estar em sintonia com as pessoas. Ganhar força apresentando uma nova postura e uma nova política. Isso precisa ser feito, botar o dedo na ferida sem medo nem calculismo de apontar errado. A Assembleia Legislativa para 36 deputados tem um orçamento maior que a nossa Universidade Estadual. Uma comunidade acadêmica para mais 21 mil pessoas. Isso não faz sentido. Não pode um governador, uma autoridade ou alguém que cumpra uma função pública, não querer nem dizer isso porque vai se indispor com uma bancada de sei lá quantos deputados. A gente sabe porque esses deputados estão próximos do governador. Tem toda uma estrutura de poder que traduz um formato velho, antigo que as pessoas estão cansadas e revoltadas. As pessoas sabem como isso funciona e ninguém aguenta mais. Antes de qualquer coisa, antes de qualquer construção partidária de saída, a gente quer ter uma mensagem muito clara para o povo paraibano para dizer que o povo paraibano terá uma alternativa de alguém que vai fazer o que precisa ser feito para construir esse novo momento. Não cabe mais no Século XXI. A gente tá quase em 2022 e existe uma fórmula do passado de se construir política. A gente conversa com outras legendas, é um processo natural, a gente faz isso querendo agregar, mas tem uma prioridade absoluta na nossa caminhada: conversar com o povo paraibano, conversar com a juventude, conversar com quem quer debater ideias, mostrar o que tá errado, botar o dedo na ferida, de peito aberto, sem temor, sem calculismo eleitoral, para poder propor o que precisa mudar e fazer o que precisa ser feito. Esse é o alvo principal.

Hora H: O senhor volta ao processo agora oficializado como pré-candidato. Entre aquele primeiro momento que você estava disposto a disputar o cargo e depois com o recuo para apoiar Romero, e esse novo momento, nesse percurso, qual foi o aprendizado e como foi refazer essa rota pelo menos duas vezes?

Pedro: O que existe em mim é um espírito de extrema motivação. Eu já estava motivado ali e desde a primeira vez que coloquei meu nome à disposição sempre respeitando o nome do ex-prefeito Romero, sempre mencionando que era fundamental ter a nossa unidade. Tanto é assim que lá atrás, há alguns meses, nós recuamos da nossa candidatura para mostrar que temos um espírito de unidade e que se não fosse desta vez a gente sabe que o processo é coletivo e que respeitamos o nome de Romero, mas eu já estava muito motivado lá atrás e estou mais motivado ainda hoje, muito estimulado, com muita disposição, muita energia. Eu nunca estive com tanta vontade de fazer um mandato bem feito, de fazer o meu melhor. Eu quero fazer o melhor mandato da minha vida porque eu estou escutando das pessoas uma necessidade, esperança de fazer algo melhor. E de fato pode, porque a Paraíba pode ir muito mais do que a gente acompanha hoje. Existe uma motivação crescente. Eu diria que se preparar a gente se prepara a cada dia e claro que a bagagem vai lidando mais referências de políticas públicas, do que fazer, eu me considero pronto pelo que vivi até aqui, pelas conexões, pelo que já estudei, não só pela área que já atuei que é a educação, mas outras como segurança pública, saúde, investimentos para o pequeno empreendedor, para desenvolver nossa economia. Eu me coloco num caminho onde eu fico à disposição para conhecer alternativas de mudança que precisamos construir. Busco me preparar cada vez mais, então a cada dia estou mais preparado. Estou pronto hoje e estou cada vez mais preparado para oferecer o meu melhor à Paraíba. O que muda de lá para cá é uma motivação crescente de ajudar, eu de fato estou com muita energia para me colocar à disposição do meu estado.

Ouça a entrevista completa: 

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