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caso de 2018

Bolsonaro cita tentativa de invasão ao sistema do TRE

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publicado em 05/08/2021 às 08h32
atualizado em 05/08/2021 às 09h51
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Uma declaração do presidente Jair Bolsonaro, feita, segundo ele, com base em inquérito da Polícia Federal, de que o sistema eleitoral brasileiro foi invadido em 2018, provocou uma reação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O órgão emitiu nota em que destaca a publicidade dos fatos à época e as investigações realizadas após relatos sobre escaneamentos de rede e tentativas de intrusão de vários
locais dentro da Justiça Eleitoral, tais como TRE-AC, TRE-PR, TRE-CE, TRE-BA e TRE-PB.

O presidente publicou em seu perfil no Twitter os documentos que comprovariam as invasões às urnas eletrônicas em 2018. “Conforme prometido em entrevista ao “Pingos nos Is”, segue os documentos que comprovam, segundo o próprio TSE, que o sistema eleitoral brasileiro foi invadido e, portanto, é violável. Inquérito 1468 da Polícia Federal”. O material inclui tentativas de invasão ao sistema do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba e dos outros estados.

Em nota, o TSE afirmou que o episódio de 2018 foi amplamente divulgado na época e que, embora sigiloso, não é um inquérito com informações novas. Também afirmou que o acesso indevido não representou qualquer risco à integridade da eleição, já que o código-fonte dos programas utilizados passaram por “sucessivas verificações, testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada anormal ocorreu”. Lembrou ainda que as urnas eletrônicas não funcionam ligadas à rede.

Confira a nota do TSE

Em referência ao inquérito da Polícia Federal que apura ataque ao seu sistema interno, ocorrido  em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral esclarece que:

1. O episódio de 2018 foi divulgado à época em veículos de comunicação diversos. Embora objeto de inquérito sigiloso, não se trata de informação nova.
2. O acesso indevido, objeto de investigação, não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018. Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada de
anormal ocorreu.
3. Cabe acrescentar que o código-fonte é acessível, a todo o tempo, aos partidos políticos, à OAB, à Polícia Federal e a outras entidades que participam do processo. Uma vez assinado digitalmente e lacrado, não existe a possibilidade de adulteração. O programa simplesmente não roda se vier a ser modificado.
4. Cabe reiterar que as urnas eletrônicas jamais entram em rede. Por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e de apuração. Por essa razão, é possível afirmar, com margem de certeza, que a invasão investigada não teve qualquer impacto sobre o resultado das eleições.
5. O próprio TSE encaminhou à Polícia Federal as informações necessárias à apuração dos fatos e prestou as informações disponíveis. A investigação corre de forma sigilosa e nunca se comunicou ao TSE qualquer elemento indicativo de fraude.
6. De 2018 para cá, o cenário mundial de cybersegurança se alterou, sendo que novos cuidados e camadas de proteção foram introduzidos para aumentar a segurança de todos os sistemas informatizados.
7. Por fim, e mais importante que tudo, o TSE informa que os sistemas usados nas Eleições de 2018 estão disponíveis na sala-cofre para os interessados, que podem analisar tanto o código-fonte quanto os sistemas lacrados e constatar que tudo transcorreu com precisão e lisura.

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