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Associação alega atraso na entrega de leite especial

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publicado em 05/07/2021 às 14h16
atualizado em 05/07/2021 às 13h03
Crianças esperam há mais de um mês por entrega de fórmulas em João Pessoa (Foto: divulgação)

Há mais de um mês várias crianças alérgicas aguardam a entrega de fórmula especial em João Pessoa. O produto, de alto custo, é fornecido pela Prefeitura Municipal, que desde o início do ano tem atrasado a entrega da alimentação e prejudicado várias crianças.

Maria Luiza (nome fictício), de dois anos, é alérgica à proteína do leite de vaca (APLV) e para garantir o aporte nutricional para sua idade precisa consumir a fórmula especial Neoadvance, que custa em média R$ 250. A criança utiliza 12 latas da fórmula por mês, o que implica em um alto custo para a família.

“Ela não pode consumir outro alimento porque tem forte reação. Vômito, diarreia, dor abdominal. Nós ficamos sem saber o que fazer, não temos a quem recorrer, porque na Farmácia Municipal simplesmente dizem que a fórmula não chegou e que não há previsão. Enquanto isso minha filha fica com fome?”, questionou a mãe, que preferiu não se identificar.

Lidiane Gonçalves é mãe da Ana Clara, também diagnosticada com APLV. Desde o mês de fevereiro ela iniciou uma peregrinação para obter o diagnóstico da filha e a PMJP autorizar o fornecimento da fórmula especial.

“Dei entrada no processo para receber a suplementação que minha filha necessita no mês de abril e foi aprovada, mas sempre que eu vou na farmácia especial eles me pedem para retornar com 15 dias. Essa resposta se repetiu por várias vezes e enquanto isso venho dependendo de doações para adquirir essa suplementação”, contou.

A Associação de Apoio à APLV e Alergia Alimentares da Paraíba entrou em contato com o setor responsável  da Secretaria Municipal de Saúde, mas foi informada que um processo licitatório estava em andamento, mas sem data de conclusão ou mesmo de entrega da fórmula.

“São  dezenas de mães que nos procuram para relatar a falta ou atraso da fórmula, Mesmo em estado de calamidade decretado, da mesma forma que algumas pessoas precisam de respirador para sobreviver, essas crianças necessitam da sua alimentação para sua nutrição por completo e para sua saúde”, disse Kayze Nobre, presidente da Associação.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde para saber sobre os motivos para o atraso na entrega das fórmulas, mas não obteve resposta.

CAMPANHA – Diante da dificuldade dos pais para arcar com o alto custo da alimentação, a Associação de Apoio à APLV e Alergia Alimentares da Paraíba iniciou uma campanha para arrecadar as fórmulas Neocate LCP, Neoadvance e Pregomin e garantir o fornecimento da alimentação das crianças.

MiasPB

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