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Bandidos aplicaram mais de 300 golpes usando PIX

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publicado em 06/07/2021 às 11h02
atualizado em 06/07/2021 às 12h58
Foto: Reprodução

Desde que começou a funcionar oficialmente, em novembro de 2020, a modalidade PIX já foi usada ao menos 306 vezes em ocorrências de crimes patrimoniais apenas em João Pessoa.

É o que mostra um levantamento exclusivo feito pelo Portal MaisPB junto ao banco de dados da Polícia Civil da Paraíba.

A pesquisa mostra que até hoje não houve nenhum registro de sequestro-relâmpago para a transferência imediata de recursos através do PIX, como o que aconteceu recentemente em São Paulo, onde um casal foi abordado por uma quadrilha ao sair do local onde trabalhava. Os bandidos foram presos após perseguição que terminou na Marginal Pinheiros, na Zona Sul de São Paulo.

Fevereiro foi o mês com o maior registros de ocorrências.

O delegado de Defraudações, Aneilton Castro, explicou à reportagem que a maioria dos crimes envolvendo a modalidade PIX são através de golpes.

Como por exemplo, bandidos que criam contas falsas, clonam perfis de redes sociais ou burlam a venda de produtos em sites de anúncios e através disso usam a boa intenção das pessoas para conseguir a transferência imediata de recursos financeiros.

Devido à instantaneidade do envio de dinheiro, os destinatários recebem de forma imediata a quantia extorquida.

Um dos casos em investigação na Polícia Civil da Paraíba trata-se da venda de um carro. O produto foi anunciado em um portal de classificados pelo preço de R$ 24 mil. O suspeito, porém, ofereceu o veículo por R$ 18 mil.

Em situação como esta, o cliente vai até o local onde está o carro, mas não tem contato com o proprietário oficial e é induzido a fazer a compra pelo valor abaixo do mercado.

Outra ocorrência envolve a família de uma médica pessoense. O bandido se passou pela profissional e entrou em contato a mãe dela para pedir R$ 10 mil. A mulher fez a transferência e depois a polícia constatou que o pedido partiu de um presídio fora da Paraíba. O suspeito, porém, ainda não foi encontrado.

Wallison Bezerra – MaisPB

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