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Senadores protagonizam acusações na CPI

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publicado em 30/06/2021 às 10h44
atualizado em 30/06/2021 às 08h32
Foto: Agência Senado

Teve início nesta quarta-feira (30) a reunião da CPI da Pandemia em que será ouvido o empresário Carlos Wizard Martins. A convocação do empresário foi requerida pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que julga essencial “esclarecer detalhes de um ‘ministério paralelo da saúde’”. Na primeira etapa, os parlamentares votam requerimentos, o que gerou muita confusão entre os parlamentares.

Logo no início da sessão, senadores da oposição e situação entraram em conflito. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), tentou votar requerimentos com quebrar os sigilos bancário e fiscal de empresas e acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar a conselheira Yara Lins dos Santos, do Tribunal de Contas do Estado (TCE) do Amazonas. A tentativa gerou embate com os senador Eduardo Braga (MDB-AM) que acusou o presidente de tentar usar a CPI em benefício próprio.

Os requerimentos foram retirados de pauta até a próxima sessão. Eduardo Braga tenta convocar governadores do Nordeste para prestar depoimentos à CPI. Os governistas tentam investigar o Consórcio Nordeste, acusando os governadores de desvios de recursos federais no combate à pandemia.

Depoimento

Wizard chegou ao Senado com uma placa trazendo um versículo bíblico. O empresário é um dos 14 investigados pela CPI e teve seu sigilo quebrado. As suspeitas em torno de um “gabinete paralelo” e de possíveis irregularidades em contratos de vacinas e medicamentos do governo federal serão abordadas hoje.

Próximo ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, Wizard havia sido convocado inicialmente para depor em 17 de junho, mas faltou à sessão, o que fez a CPI requisitar à Justiça Federal a apreensão de seu passaporte – medida tomada pela Polícia Federal do Aeroporto de Viracopos (Campinas, SP) nesta segunda-feira (28/6).

Requerimentos

Ainda nesta quarta-feira os requerimentos dos senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE) para convocação de Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply. Um representante da empresa afirmou à Folha de S. Paulo que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de assinar contrato de venda de vacinas com o Ministério da Saúde. A propina teria sido pedida pelo ex-diretor do Departamento de Logística do ministério, Roberto Ferreira Dias, exonerado na terça-feira (29).

Sobre a denúncia da Folha de S. Paulo de pedido de propina na compra de vacinas AstraZeneca, o líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), observou que a AstraZeneca desmentiu ter intermediário no Brasil. Segundo ele, a exoneração de Roberto Ferreira Dias, diretor de Logística da Saúde acusado na denúncia, ocorreu “para facilitar toda a apuração”.

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