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Deputados pedem reembolso de quase R$ 16 mi

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publicado em 15/06/2021 às 08h43
atualizado em 15/06/2021 às 07h27
Foto: Agência Brasil

Mesmo com o benefício de contarem com um plano de saúde oferecido pela Câmara Federal, ao menos 330 parlamentares pediram reembolsos por despesas médicas feitas na rede particular. O número chega a 2/3 dos deputados federais (513 no total) e os gastos somam R$ 15,7 milhões desde 2019.

As informações foram repassadas ao UOL por meio da Lei de Acesso à Informação.

O valor chega a uma média de R$ 581 mil mensais, levando em consideração o período de 27 desde o início da atual legislatura, mais do que na legislatura anterior com uma alta de 71% em relação ao período entre 2015 e 2016. Naquela época, foram reembolsados R$ 7,8 milhões, em valores corrigidos pela inflação.

Entre janeiro de 2019 e 31 de março deste ano, 26 parlamentares foram reembolsados em mais de R$ 100 mil. Cinco lideram a lista: Teresa Nelma (PSDB-AL) – R$ 2.028.389,78; Nilson Pinto (PSDB-PA) – R$ 735.412,68; Célio Moura (PT-TO) – R$ 693.568,49; Haroldo Cathedral (PSD-RR) – R$ 627.070,72; e Gonzaga Patriota (PSB-PE) – R$ 371.641,33.

Todos os cinco parlamentares foram questionados pelo UOL se não haveria privilégio em ter um plano médico, receber salário bruto no valor de R$ 33.763 e mesmo assim conseguir reembolsos da Câmara, enquanto a maioria da população não pode recorrer a essa verba mesmo quando sofre acidente ou adoece gravemente. O único que respondeu foi Gonzaga, para quem “a Câmara poderia dar uma informação melhor”.

Os ressarcimentos desse tipo são permitidos pela Câmara. Até o começo do ano, reembolsos até R$ 50 mil eram automáticos. A partir desse valor, os deputados encaminhavam a solicitação à Mesa Diretora, que decidia se reembolsava. Em 29 de março deste ano, porém, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), elevou em 170% esse limite. A avaliação só é pedida pelos deputados quando os gastos ultrapassam R$ 135.400.

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