João Pessoa, 23 de novembro de 2014 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O Governo acusou neste sábado a revista Veja de "manipulação jornalística por tentar insinuar" que, em 2009, a Presidência sabia da existência de desvios de recursos da Petrobras, investigada por um escândalo de corrupção que está atingindo partidos e políticos.
Em comunicado, a Presidência assinalou que "as práticas ilegais do senhor Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras que está em prisão domiciliar, só foram conhecidas em 2014 graças às investigações feitas pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público".
Parte das investigações se baseiam em declarações de Costa, diretor de Abastecimento afastado do cargo em 2012 e detido no começo da Operação Lava Jato, e em depoimentos do dono de casas de câmbio Alberto Youssef, preso em Curitiba. Ambos aceitaram colaborar com a Justiça em troca de uma redução de pena.
De acordo com o comunicado, o Governo nega que Dilma, então ministra-chefe de Casa Civil, teria recebido por "mensagem eletrônica" de Costa um alerta sobre irregularidades detectadas nas obras da refinaria Abreu e Lima (Pernambuco) detectadas por órgãos de fiscalização.
A Presidência lembrou também que a Veja tentou "interferir no resultado das eleições presidenciais" quando, no dia 24 de outubro, dois dias antes do segundo turno, antecipou para sexta-feira sua habitual edição que começa a circular aos sábados com uma reportagem sobre o mesmo assunto.
Nessa ocasião, a Veja afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora Dilma conheciam o plano pelo qual a Petrobras cobrava comissão de construtoras para depois dividir esse dinheiro com políticos e partidos.
"Mais uma vez, a Veja desinforma seus leitores e tenta manipular a realidade dos fatos. Mais uma vez vai fracassar", concluiu a Presidência.
EFE
BOLETIM DA REDAÇÃO - 03/07/2025