João Pessoa, 28 de julho de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Dá para fazer um link com a atual pandemia? Bom, as eleições para presidente ainda vão acontecer em 2022 e até lá a vacina contra o Covid 19 já terá sido aplicada em massa – eu sou otimista. Em plena pandemia, teremos eleições este ao para prefeitos e vereadores, mas não tem como associar o fato, já que Epitácio é campeão em tudo: foi presidente do Brasil, senador da República e integrou a mais alta Corte de Justiça do Brasil.
Há 101 anos Epitácio Pessoa estava em Versalhes (foto) onde presidia a delegação brasileira na Conferência de Paz que resultou na assinatura do Tratado de Versalhes. Simultaneamente, no Brasil, ocorreriam as eleições presidenciais diretas.
O então senador Epitácio Pessoa ficou sabendo da morte do presidente eleito quando já estava a caminho da Conferência de Paz. Epitácio seguiu para Paris em 2 de janeiro de 1919, a bordo do vapor Curvelo. O navio atracou no porto francês em 28 de janeiro de 1919, com os passageiros e a tripulação já ciente da má notícia do falecimento de Rodrigues Alves, vítima da gripe espanhola, no Rio de Janeiro.
Portanto, desde a sua escolha como candidato pela convenção partidária, passando pelo corpo a corpo da campanha contra o grande Rui Barbosa, até o fatídico dia D das eleições, Epitácio estava fora do país. É um caso único na história política nacional de um candidato ser eleito nessas condições.
Segundo o procurador e professor paraibano, estudioso da obra de Epitácio, Marcilio Franca, pela sua dimensão nacional e estrangeira, pelos valores que o guiavam, Epitácio é, sem dúvida, a maior personalidade pública brasileira. “Não conheço, em sua biografia, um ato menor, envergonhado, pequeno, depois de tantos anos de vida pública e em tantos cargos. Cito um exemplo de seu republicanismo: Nas últimas semanas, relendo as suas Obras Completas, surpreendi-me com uma longa carta de Epitácio a seu sobrinho João Pessoa, ainda no começo de 1929, criticando a velha política do café-com-leite e sugerindo (nunca impondo!) a João Pessoa que analisasse a postura altiva e moderna do jovem governador do Rio Grande, Getúlio Vargas. João Pessoa era um sobrinho querido de Epitácio. O tio, porém, nunca se valeu de sua posição para “mandar” no sobrinho! A correspondência entre os dois é belíssima e precisa ser relida”, lembra Marcilio
A Cripta e o Museu Epitácio Pessoa estão no Tribunal de Justiça da Paraíba.
Kubitschek Pinheiro – MaisPB
EM CAMPINA GRANDE - 21/05/2025