“Tenho a idade de uma mulher que ainda se sente um pouco menina, grande demais para voltar atrás, mas ainda muito pequena para deixar de ousar e acreditar.” Essa frase ressoa na minha mente como um mantra, especialmente em dias como hoje, quando olho no espelho e vejo não só os traços da maturidade, mas também a faísca da infância que nunca se apagou.

Tem dias em que me sinto como uma pluma, navegando pelas possibilidades que a vida oferece. A vida é uma aventura, e eu sou a protagonista e sou passageira. Lembro das tardes em que sonhava acordada, criando mundos e personagens que habitavam minha imaginação. O tempo passou, mas essa menina ainda está aqui, escondida sob as camadas de responsabilidades e obrigações.

“Vamos lá! Ouse! A vida é feita de experiências!”

A verdade é que a maturidade traz consigo um peso – expectativas sociais, responsabilidades financeiras e aquela pressão invisível de se encaixar em padrões. Mas dentro de mim ainda existe uma vontade insaciável de explorar o desconhecido. Eu vou, eu quero, eu sou. Não quero perder essa curiosidade que me faz olhar para o céu estrelado e sonhar com aventuras além das nuvens.

Sigo, entre o ser mulher e o ser menina. Às vezes é confuso, mas também é libertador. Lembro-me das vezes em que me deixei levar pela espontaneidade: dançando na sala ao som da minha música favorita ou fazendo um passeio despretensioso sem destino certo. Essas pequenas ousadias são o que coloram meu dia a dia.

Hoje eu entendo que não preciso deixar a menina para trás; ela faz parte de mim. É ela quem me lembra da importância de acreditar nos meus sonhos, mesmo quando eles parecem distantes ou impossíveis. E mesmo que eu tenha crescido em anos, meu espírito continua jovem e inquieto. Eu sou Antônia.

Então, vamos resgatar a criança interior sempre que puder! Porque enquanto houver espaço para sonhar e ousar, nunca estaremos velhos demais para viver plenamente, sempre buscando novos horizontes, bem além do Horizonte, da canção do Roberto.

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