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inquérito Moro-bolsonaro

Em reunião, Bolsonaro pediu troca na PF no Rio

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publicado em 12/05/2020 às 16h13
atualizado em 12/05/2020 às 17h35
Presidente da República, Jair Bolsonaro

Investigadores que acompanharam nesta terça-feira (12) a exibição do vídeo da reunião ministerial ocorrida em 22 de abril no Palácio do Planalto disseram que o conteúdo da gravação é ‘devastador’ para o presidente Jair Bolsonaro. A informação é do jornal Estado de S. Paulo.

Um deles destacou que a gravação ‘escancara a preocupação do presidente com um eventual cerco da PF a seus filhos’.

“O vídeo é ruim para Bolsonaro, muito ruim”, anotou. Segundo tal investigador, o vídeo da reunião ministerial ‘confirma que o presidente justificou a necessidade de trocar o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro à defesa de seus próprios filhos’, confirmando cabalmente as acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro que atribui ao presidente tentativa de interferência na corporação.

Advogado defende divulgação do vídeo

O advogado de Sergio Moro, Rodrigo Sánchez Rios, defendeu nesta terça-feira (12) a divulgação, na íntegra, do vídeo da reunião ministerial em que Jair Bolsonaro ameaçou demitir o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública.

Em nota à imprensa, Rios diz que o vídeo “confirma integralmente as declarações do ex-ministro Sérgio Moro na entrevista coletiva de 24 de abril e no depoimento prestado à PF em 2 de maio.”.

“Assistimos hoje ao vídeo da reunião interministerial ocorrida em 22 de abril. O material confirma integralmente as declarações do ex-ministro Sergio Moro na entrevista coletiva de 24 de abril e no depoimento prestado à PF em 2 de maio. É de extrema relevância e interesse público que a íntegra desse vídeo venha à tona. Ela não possui menção a nenhum tema sensível à segurança nacional”, diz o advogado.

Responsável pelo inquérito que apura a denúncia (de interferência do presidente na Polícia Federal) de Moro contra Bolsonaro, o ministro Celso de Melo, do Supremo Tribunal Federal, autorizou procuradores da República, Delegados da Polícia Federal responsáveis pelas investigações, a Advocacia Geral da União e o ex-ministro a assistirem ao vídeo nesta terça-feira.

MaisPB

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