Ameaça de Leitão causa incômodo no G11

As declarações do líder do G11 na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Felipe Leitão (DEM), em entrevista nessa segunda-feira (10) ao Hora H, da Rede Mais de Rádio, foram reprovadas por membros do próprio grupo.

Leitão defendeu a instalação da CPI da Calvário na Casa e não descartou o apoio do bloco ao impeachment do governador João Azevêdo e da vice-governadora Lígia Feliciano. Em tom duro, o parlamentar chegou a declarar que “quem for podre, que se quebre”.

Nesta terça-feira (11), os deputados Júnior Araújo e Taciano Diniz, do Avante, e Érico Djan, o Dr. Érico, do Cidadania, contrariaram a posição de Felipe Leitão.

“Não podemos perder o nosso foco que é de dar governabilidade ao Estado, é a nossa principal pauta. O nosso posicionamento é de base do governo e a preocupação precisa ser com as pautas da PBPrev, PB Saúde, transportes,.. é o nosso compromisso. Não tem compete a Assembleia afastar o governador pelas razões que foram colocadas”, avaliou Dr. Érico.

Taciano Diniz afirmou que o pedido de impeachment é precipitado e que tem certeza na inocência do governador João Azevêdo.

“Respeito a oposição e o entendimento do deputado Walber Virgolino, mas acho muito precipitado esse pedido. Cabe a justiça analisar o que tem ocorrido. Aqui na Casa está sendo feito pela assessoria jurídica. Ainda não tive acesso ao pedido, não sei o teor de embasamento, mas tenho certeza que o governador João Azevêdo provará como tem provado o seu governo de êxito a sua inocência. O governador João tem sido muito direto, sensível, dialogado, e entendo que cabe a oposição fazer o que convir”, declarou.

Ex-líder do G11, o novo secretário Chefe de Governo, deputado Júnior Araújo, disse que diferente do seu substituto agia para convergir e dialogar.

“Eu só tenho que respeitar. Cada um tem seu estilo, de agir e pensar. São 11 cabeças, 11 mentes. Eu [enquanto líder] agia de forma diferenciada, eu sou de convergir, de dialogar. Respeito a posição do deputado e como conheço o G11, essas discussões serão feitas de forma coletiva e nem sempre a vontade do líder se sobressai”, pontuou.

Nessa segunda-feira (10), a deputada Pollyana Dutra, do PSB, se manifestou contra o pedido de impeachment. Dutra limitou a peça a uma tentativa da oposição de promover um debate político.

MaisPB

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