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INVESTIGAÇÃO

Caso Marielle: aliados na PB defedem Bolsonaro

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publicado em 30/10/2019 às 14h00
atualizado em 30/10/2019 às 15h31

Deputados aliados do presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentaram, nesta quarta-feira (30), as informações divulgadas ontem de que a Polícia Civil do Rio de Janeiro teve acesso aos registros de visitas do condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Sul do Rio, onde tem casa o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o policial militar Ronnie Lessa, suspeito de matar a Marielle Franco (PSOL/RJ) e o motorista dela, Anderson Gomes, em março de 2018. Segundo os registros, o porteiro teria dito que o suspeito de dirigir o carro usado no crime, Élcio de Queiroz, entrou no condomínio e disse que iria para a casa do então deputado Jair Bolsonaro.

“Isso é uma forma irresponsável de fazer imprensa ao tentar ligar a morte de Marielle, assassinada covardemente, ao presidente da República. A própria matéria já desmente a própria Globo, mostrando que o presidente estava em Brasília no dia”, disse o deputado estadual Cabo Gilberto. Segundo ele, “mais perigoso” que isso é apenas o fato de “o caso estar sob sigilo de justiça e a Rede Globo ter acesso as informações”.

Em vídeo transmitido em live na noite de ontem, o presidente da República respondeu à reportagem da Rede Globo que divulgou uma menção ao seu nome na investigação do assassinato da vereadora e seu motorista. O presidente se isentou de responsabilidade pelo crime e fez duras críticas à TV Globo. Ele ainda insinuou que as informações do processo, que está sob sigilo, teriam sido vazadas pelo governador Wilson Witzel (PSC-RJ).

Para o deputado federal Julian Lemos, que tem estado distante da família Bolsonaro, a situação foi uma armação. “Um porteiro dizendo que entendeu que era a voz do presidente, quando, na verdade, a voz do presidente é única e não tem nenhum filho que tenha a voz parecida com a dele… Não faz sentido algum essa declaração. Quando vi fiquei até estarrecido, porque realmente não acredito”, disse, em entrevista à rádio Arapuan FM.

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