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Crise interna

Ricardo e Rosas disputam 51 votos

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publicado em 16/08/2019 às 14h23
atualizado em 16/08/2019 às 14h55

A disputa pelo comando do PSB na Paraíba já não está apenas no campo da verbalização entre os que cobram a substituição de Edvaldo Rosas pelo ex-governador Ricardo Coutinho e os que defendem a permanência do atual dirigente. Ricardo e Rosas contabilizam, nos bastidores, os apoios conquistados pela presidência da legenda.

Uma apuração do jornalista Heron Cid, publicada em seu blog, nesta sexta-feira (16), revela que o ex-governador Ricardo Coutinho tem maior musculatura entre os presidentes de diretórios municipais, enquanto Rosas larga em vantagem entre os prefeitos da legenda.

Na Assembleia, a disputa é acirrada: Buba Germano, Estela Bezerra e Cida Ramos já se declararam pela destituição de Rosas. Estela e Cida, aliás, deflagram a crise após a nomeação de Edvaldo Rosas para Secretaria Chefe do Governo. Historicamente ligadas ao ex-governador, elas pedem a saída de Edvaldo Rosas para Coutinho assumir.

Ainda na Casa de Epitácio Pessoa, o presidente Adriano Galdino e os deputados Ricardo Barbosa (líder do governo João Azevêdo) e Pollyanna Dutra são contra mudança, a favor da permanência de Edvaldo e cumprimento integral do mandato outorgado pelos filiados. Faltando ainda conhecer o posicionamento do deputado licenciado e secretário de Esportes, Hervázio Bezerra, e de Jeová Campos.

Na Câmara Municipal de João Pessoa, a vereadora Sandra Marrocos se posicionou claramente a favor de Ricardo, enquanto Tibério Limeira com Edvaldo Rosas. O vereador Léo Bezerra deve seguir o pai, Hervázio.

Na Câmara, Ricardo tem o voto do único federal do PSB, Gervásio Maia. Já no Senado, Veneziano Vital do Rêgo ainda não se posicionou.

O que diz o governador 

A voz mais importante do partido no momento, o governador João Azevêdo defendeu, na última segunda-feira (12), a permanência de Rosas. O gestor atribuiu a Rosas o crescimento do partido no estado nos últimos e citou o exemplo do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que presidia paralelamente a sigla nacional, como contraponto a argumentação da ala mais radical do partido. As deputadas Estela Bezerra e Cida Ramos sugeriram que o novo cargo de Rosas não seria compatível com a de presidente da legenda no estado.

“Não tem motivo nenhum para que Edvaldo deixe a condição de presidente. O fato de ser secretário e presidente não é incompatível. Até porque o governador Eduardo Campos, era presidente do partido e governador. Não tem nada a ver uma coisa com a outra”, argumentou Azevêdo.

O que diz o presidente do PSB nacional

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, também falou sobre a divisão do PSB na Paraíba. Ontem (15), ao MaisPB, Siqueira pediu entendimento entre as lideranças do partido na Paraíba. O dirigente nacional não vê incompatibilidade nas funções de Rosas. “Isso não é ilegal [o presidente estadual ser também secretário]. É uma decisão política, que cabe ao PSB da Paraíba adotar”, afirmou.

Maurílio Júnior – MaisPB

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