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PREFEITURA DE CABEDELO

Xeque-mate: delator detalha corrupção

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publicado em 01/07/2019 às 13h12
atualizado em 01/07/2019 às 15h47
Foto: Divulgação/Tribunal de Justiça da Paraíba

Em quatro horas de interrogatório na Comarca de Cabedelo, na manhã desta segunda-feira (1º), o ex-presidente da Câmara Municipal de Cabedelo e colaborador da Operação Xeque-Mate, Lucas Santino da Silva, reafirmou o esquema criminoso na cidade portuária que teria como ator principal o ex-prefeito Leto Viana.

Indagado pelos representantes do Ministério Público se ele fazia parte de uma organização criminosa, Santino respondeu categoricamente que sim. “O ex-prefeito liderava essa quadrilha. Ele fazia um levantamento de quem poderia vencer como vereador e investia na campanha dessas pessoas, mas exigia a assinatura de uma carta denúncia, Assim, em caso de vitória, Leto Viana tinha o poder de barganha na Câmara dos Vereadores e na Prefeitura Municipal”, revelou. Ele disse, ainda, que o investimento em algumas campanhas para vereador de Cabedelo ultrapassava a um milhão de reais.

Ainda serão ouvidos na condição de colaboradores José Ediglei Ramalho, Rosildo Pereira de Araújo Júnior, Olívio Oliveira dos Santos e Gleuryston Vasconcelos Bezerra Filho.

Dos nove réus da audiência desta segunda-feira, respondem ao processo em liberdade os denunciados Marcos Antônio Silva dos Santos, Leila Maria Viana do Amaral, Jaqueline Monteiro Franca (ex-presidente da Câmara dos Vereadores e esposa de Wellington Viana), Adeildo Bezerra Duarte Figueiredo da Silva. Já os réus Wellington Viana França (Leto Viana, ex-prefeito de Cabedelo), Antônio Bezerra do Vale Filho, Lúcio José do Nascimento Araújo e Tércio de Figueiredo Dornelas Filho estão presos.

Denúncia

Os acusados, segundo as denúncias, integravam uma organização criminosa no Município de Cabedelo que teria sido responsável por vários episódios criminosos, dentre eles a compra e venda do mandato do ex-prefeito José Maria de Lucena Filho (Luceninha) e a sua consequente renúncia ao cargo; irregularidades na Prefeitura e na Câmara de Vereadores, com contratação de servidores fantasmas; e esquema de recebimento de dinheiro desviado do salário dos servidores municipais.

Constam ainda nas acusações outras irregularidades, como o financiamento de campanha de vereadores; atos de corrupção envolvendo a avaliação, doação e permuta de terrenos pertencentes ao erário municipal, que beneficiava diversas empresas, bem como ações ilícitas para impedir a construção do Shopping Pátio Intermares, com a distribuição de valores ilícitos para vereadores, com atuação pessoal de Leto Viana.

MaisPB

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