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Greve pode deixar caixas sem dinheiro na PB

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publicado em 29/04/2019 às 09h36
atualizado em 29/04/2019 às 09h35

Cerca de 600 trabalhadores de cinco empresas de transporte de valores entraram em greve na manhã desta segunda-feira (29) por tempo indeterminado na Paraíba. A paralisação pode deixar os caixas eletrônicas da Paraíba sem dinheiro já a partir de hoje.

Os profissionais em greve são os responsáveis por abastecer com dinheiro os terminais de autoatendimento. Entre as reivindicações, eles exigem reajuste salarial de 5%, plano de saúde e melhoria no vale alimentação.

Em contato com o Portal MaisPB, o presidente do sindicato da categoria, Laudivan Gonçalves afirmou que o jurídico da entidade considera que os serviços oferecidos por eles não são considerados essenciais e por isso estão livres da obrigação de manter 30% em funcionamento. Entretanto, de acordo com o sindicalista, mesmo mantendo esse percentual, não daria para atender a demanda da população.

“Queremos o nosso reajuste e fazer a coisa de forma legal. Se as autoridades entenderem que devemos manter 30% por cento do serviço, iremos cumprir. Só que não supre a demanda da população. Dá forma que está não chega a duas horas da tarde para faltar dinheiro nos caixas eletrônicos porque hoje é o dia de pagamento dos funcionários do Estado, das prefeituras e dos aposentados. Esse dinheiro vai acabar rápido”, afirmou.

De acordo com ele, antes de entrarem em greve, os trabalhadores chamaram os patrões para negociarem em duas oportunidades durante o mês de fevereiro, sendo uma no Ministério do Trabalho, mas não tiveram êxito.

“Eles não querem conversar com a gente. Então decidimos cruzar os braços até vierem negociar. Caso os patrões nos chamem para conversar, suspenderemos a greve. Mas no momento é por tempo indeterminado”, destacou.

Um dos pontos em negociação é um plano de saúde para os trabalhadores. De acordo com o sindicalista, muitos deles estão afastados de suas funções por causa de traumas sofridos durante o exercício das atividades profissionais.

“Temos hoje 6% dos trabalhadores de carro forte que passaram por assaltos afastados, sem condições de trabalhar por problemas psicológicos. Outros assegurados pelo INSS porque a empresa não dá nenhuma assistência. Esse é um ponto que a gente pede para ser discutido”, alegou.

Ele disse ainda que o setor patronal propôs de forma extra-oficial 4%, entretanto a categoria quer um percentual igual ao que foi dado aos trabalhadores da segurança patrimonial, serviços oferecidos pelas mesmas empresas.

“Queremos 5% igual ao que foi dado à segurança patrimonial. Essa é uma atividade onde os trabalhadores ficam mais expostos. No ano passado foram sete e este ano três explosões a carros forte. Transportamos mais valores. A categoria decidiu não aceitar um percentual menor do que foi dado ao vigilante da segurança patrimonial”, destacou.

Hoje pela manhã foi realizada uma mobilização dos grevistas em frente à sede de uma empresa no bairro de Manaíra, em João Pessoa.

Roberto Targino – MaisPB

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