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ACHADA MORTA

Laudo confirma que Tatiane Spitzner sofreu esganadura

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publicado em 06/08/2018 às 09h54
atualizado em 06/08/2018 às 07h00

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) tem até esta segunda-feira (6) para oferecer denúncia à Justiça contra Luís Felipe Manvailer, de 32 anos, suspeito pela morte da mulher, Tatiane Spitzner, de 29 anos, em Guarapuava, na região central do estado.

A advogada foi achada morta depois de cair do 4º andar do prédio onde morava com o marido.

À RPC, o MP adiantou que deve denunciar Luis Felipe por feminicídio, com quatro agravantes, e pedir que ele vá a júri popular.

“Houve prática do feminicídio mediante violência contra mulher, que foi sendo praticada durante o relacionamento de forma muito progressiva e visível”, afirmou a promotora Dúnia Serpa Rampazzo.

A perícia feita no local da morte já constatou: Tatiane teve uma fratura no pescoço, característica de quem sofreu esganadura. A RPC teve acesso ao laudo, que também indica marcas nas laterais do pescoço.

A suspeita é a de que Luís Felipe tenha apertado o pescoço da mulher com as mãos até provocar uma asfixia e a fratura.

Lutador de artes marciais, Luis Felipe é faixa roxa de jiu-jítsu.

Um atleta de 32 anos que agrediu a mulher por mais de 20 minutos, como revelaram imagens de câmeras de segurança, e que, para ficar mais musculoso, vinha tomando suplementos alimentares e anabolizantes.

Todos esses produtos foram encontrados no apartamento de Luís Felipe Manvailer, que está preso, acusado de jogar Tatiane pela sacada do prédio onde moravam. As fotos das embalagens estão no inquérito policial.

A musculatura dele aumentou muito em pouco tempo. O médico tinha receitado uma dosagem normal. Ele tomava doses cavalares para a musculatura”, conta o pai de Tatiane, Jorge Spitzner.

Para a RPC, Jorge falou que, em abril deste ano, Luís Felipe, que é biólogo e professor universitário, brigou com um homem em uma festa.

“Três ou quatro não conseguiam segurar. Teve uma explosão de agressividade, mas mal sabia eu que um dia a minha filha poderia ser o alvo disso”, disse.

A família de Tatiane criou páginas nas redes sociais para incentivar a luta contra o feminicídio.
G1

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