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NOVA DISPUTA

Marcelo Crivella e Freixo disputam o segundo turno para a Prefeitura do Rio

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publicado em 02/10/2016 às 20h13

O segundo turno das eleições para prefeito do Rio de Janeiro será disputado entre os candidatos Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL). Segundo a Justiça Eleitoral, com 99,84% dos votos apurados neste domingo (2), Crivella tinha 842 mil votos, o que corresponde a 27% dos votos válidos. Freixo recebeu 553 mil votos, o equivalente a 18%.

Em entrevista coletiva logo após a confirmação, Crivella disse que vai procurar alianças para segundo turno: “Política se faz com parcerias”, disse.

Freixo comememorou a vitória nos Arcos da Lapa, onde acompanhou a apuração com seus eleitores. “Essa cidade é nossa. Nós derrotamos o PMDB em homenagem à democracia brasileira”, declarou.

Perfis
O bispo licenciado Marcelo Crivella, de 58 anos, se elegeu para o primeiro cargo político em 2002.  Então filiado ao Partido Liberal (PL), virou senador pelo RJ, com 3,5 milhões de votos. A 1ª candidatura para a Prefeitura do Rio foi em 2004, quando terminou em segundo.

Em 2006, fundou, junto com o então vice-presidente da República José Alencar, oPRB, pelo qual concorreu ao governo do estado ficando em 3º lugar. Em 2008, Crivella se candidatou à Prefeitura novamente e ficou em 3º lugar. Em 2010, se reelegeu ao Senado, também pelo PRB. Em 2012, assumiu o Ministério da Pesca no 1º governo Dilma Rousseff. Deixou o governo em 2014  para se candidatar ao governo do estado e perdeu no segundo turno para Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Marcelo Freixo, 49 anos, se elegeu pela primeira vez à Assembleia Legislativa em 2006 pelo PSOL. O segundo mandato, como segundo deputado mais votado, ocorre em 2010.

Em 2012, ele concorreu pela primeira vez à Prefeitura e perdeu para Eduardo Paes. Em 2014, voltou a disputado uma vaga na Alerj onde se elegeu como deputado estadual mais votado do Brasil. De 2000 a 2004 foi filiado ao Partido dos Trabalhadores.

Propostas
Freixo destacou na sua campanha a reformulação do sistema de transporte no Rio de Janeiro. A mobilidade urbana foi uma das principais bandeiras de sua campanha no primeiro turno. Ele prometeu trabalhar por uma integração maior entre os meios de transporte e disse que, se for eleito, vai criar um fundo para conseguir reduzir o valor das tarifas.

Para isso, o candidato disse que vai elevar o ISS das empresas de ônibus que, hoje, pagam uma alíquota reduzida, de 0,01%. Repetiu várias vezes que vai abrir a “caixa preta” da federação das empresas de ônibus e que quer que o mesmo bilhete sirva pra todos os tipos de transporte.

Na área da saúde, ele defendeu a ampliação de leitos em unidades hospitalares sob a administração municipal e a realização de uma auditoria dos contratos das organizações sociais que administram algumas unidades de atendimento do Rio.

Crivella afirmou que a saúde e a eduvação são suas prioridades. O lema da campanha no primeiro turno foi “Agora é hora de cuidar das pessoas”.  Na área da educação, ele disse que vai utilizar as Parcerias Público-Privadas para gerar 20 mil vagas em creches e que, até 2020, metade das crianças estarão estudando em horário integral.

Na área da saúde, Crivella disse que vai investir mais R$ 1 bilhão. Uma das prioridades é comprar equipamentos. Ele prometeu negociar com os governos Federal e Estadual para assumir a gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele ainda afirmou que vai remanejar dinheiro da publicidade e das obras de urbanização para melhorar a saúde.

Campanha
Ao longo da campanha, pesquisas sempre apontaram Crivella no segundo turno. Os outros candidatos brigaram pelo direito de disputar a prefeitura com ele até o último momento. As últimas pesquisas do Datafolha e Ibope, divulgadas no sábado (1º), mostraram Marcelo Freixo à frente do candidato Pedro Paulo (PMDB), seu principal adversário durante toda a campanha.

Durante toda a campanha Crivella fez questão de destacar que é candidato Ficha Limpa, prometendo governo transparente e ético. Quando questionado nos debates e entrevistas sobre sua  ligação com a Igreja Universal, ele disse que não mistura política com religião e que tem que ter cuidado com a ética.

Os apoios também pautaram as duas candidaturas. Faltando uma semana para a eleição, o senador Romário (PSB) anunciou apoio à candidatura de Crivella. Ele estiveram juntos em alguns eventos públicos na cidade no final da campanha.

Em junho, antes do início da campanha os ainda pré-candidatos Alessandro Molon (Rede),Jandira Feghali (PCdoB) e Marcelo Freixo (PSOL)  se reuniram para fazer uma frente de esquerda para enfrentar candidatos das forças conservadoras, como eles chamavam os candidatos do PMDB, PRB, PSDB e PSC.  Eles decidiram juntar forças para o segundo turno.

G1

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