João Pessoa, 21 de junho de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O primeiro-ministro da Bélgica disse à emissora de televisão belga “RTL” que a situação está sob controle no país após o alerta de bomba da manhã desta terça-feira (21) no centro comercial City 2, na capital Bruxelas, segundo a agência Efe. Os serviços de emergência permanecem em alerta.
A Procuradoria informou à France Presse que um homem com um falso cinturão de explosivos obrigou a polícia a isolar a área, em um momento em que a Bélgica está em estado de alerta por novas ameaças extremistas e apenas três meses depois dos atentados de 22 de março.
O Órgão de Coordenação de Análise de Ameaças (OCAM) não elevou o alerta de risco por atentado terrorista, que se encontra no terceiro nível – de uma escala que vai de 1 a 4.
O primeiro-ministro Charles Michel não quis dar mais detalhes do ocorrido e se limitou a dizer que os serviços de segurança permanecem em alerta e que a Promotoria Federal da Bélgica dará informações sobre o caso nas próximas horas.
As primeiras informações da imprensa local são de que o suspeito detido não é um terrorista, mas uma pessoa com desequilíbrio mental. O próprio suspeito teria chamado a polícia, por volta das 5h30 (horário local, 0h30 do horário de Brasília), e teria dito que levava consigo um cinto de explosivos.
A polícia então estabeleceu um perímetro de segurança, fechou a estação de metrô de Rogier, próxima ao centro comercial City2, e interditou várias ruas da região.
Buscas por terroristas
Em 22 de março, ataques praticamente simultâneos reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI) mataram 32 pessoas no aeroporto e em uma estação de metrô de Bruxelas, segundo a France Presse.
A Bélgica vive uma situação de tensão desde sábado (18), quando uma grande operação antiterrorista interrogou 40 e deteve 12 pessoas. Samir C., Moustapha B. e Jawad B seguem em poder da Justiça, acusadas de “tentativa de assassinato terrorista”.
As áreas da operação de sábado incluem alguns bairros de Bruxelas onde foram planejados os ataques de março e os atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris.
As autoridades justificaram as detenções porque era necessária uma “intervenção imediata”.
De modo proporcional a sua população, a Bélgica tem o maior número de pessoas dentro da União Europeia – quase 500 – que viajaram à Síria e Iraque para unir-se aos extremistas do EI.
Depois das detenções de sábado, Charles Michel disse que o governo adotaria “novas e atualizadas medidas de segurança”. Ele, no entanto, pediu a manutenção dos atos públicos programados para os próximos dias, inclusive os relacionados com a Eurocopa. “Queremos continuar vivendo normalmente”, disse.
G1
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