João Pessoa, 14 de abril de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
DECISÃO

Casal australiano poderá manter bebê nascido de barriga de aluguel

Comentários: 0
publicado em 14/04/2016 às 11h53

Após ser acusado de abandonar um bebê com síndrome de Down após a criança ser gerada por uma barriga de aluguel na Tailândia, o australiano David Farnell poderá ficar com sua irmã gêmea, segundo decisão da Justiça australiana nesta quinta-feira (14).

David Farnell e Wenyu Li provocaram um grande escândalo em 2014, quando foram acusados de deixar Gammy na Tailândia, um bebê com síndrome de Down, retornando à Austrália com sua irmã gêmea Pipah.

A tailandesa Pattaramon Chanbua, que deu à luz gêmeos, tentou recuperar Pipah em 2015, depois de saber que Farner esteve na prisão por pedofilia.

Mas o Tribunal de Família da Austrália ocidental considerou que a menina de dois anos pode continuar vivendo com o casal.

“Decidi que Pipah não deve ser retirada da única família que conheceu para ser entregue a pessoas que para ela seriam estrangeiras”, escreveu o juiz Stephen Thackray em sua sentença de 272 páginas.

O magistrado diz não acreditar que Pipah está em risco por conviver com seu pai biológico, afirmando que tem um “forte apego aos Farnells”.

“Remeto-me à opinião dos especialistas que dizem que existe um risco baixo para Pipah nesta casa, existe um risco muito mais elevado se ela sair dela”, prossegue.

David Farnell não está autorizado a ficar sozinho com a menina e o casal deverá manter os serviços de proteção da infância informados de qualquer mudança de endereço.

O juiz considerou que Gammy, que parece satisfeito com sua família tailandesa, não havia sido abandonado pelos Farnells, mas que sua mãe havia insistido para ficar com ele.

Pattaramon Chanbua acusou em 2014 o casal de ter pedido que abortasse, antes de abandonar o bebê com sua mãe biológica.

O casal australiano negou que tivesse abandonado o menino devido à síndrome que tem e declarou que lutaria para recuperar sua guarda.

Pattaramon Chanbua segura Gammy em hospital da Tailândia nesta segunda-feira (4) (Foto: Nicolas Asfouri/AFP)

G1

Leia Também