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Frota de navios do Japão caça 333 baleias e alega ‘pesquisa’

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publicado em 25/03/2016 às 15h16

Uma frota japonesa voltou ao porto nesta quinta-feira com os corpos de 333 baleias minke mortas na primeira caçada nos mares de Antártica em dois anos, desafiando uma corte internacional.

Um tratado internacional proibindo a caça de baleias foi criado em 1986, mas proíbe apenas a pesca comercial. Muitos países, principalmente a Austrália, acusam o Japão de ter assinado o acordo mas explorar a “suposta caça científica” comercialmente.

A Agência Japonesa de Pesca anunciou que os quatro navios voltaram ao porto com a cota de pesca completa após uma expedição que durou meses. O Japão mantém a explicação de “uso dos corpos para pesquisa”, críticos acusam o país de mentir e na verdade pescar comercialmente, com carne de baleia sendo vendida em supermercados.

Carcaças de baleia é limpa – Arquivo 2007 – Yoshikazu Tsuno / AFP

Em 2014, a Corte Internacional de Justiça apoiou os críticos, se baseando em provas de que a maior parte das carcaças é rejeitada para pesquisa e vai para o mercado. O Japão desrespeitou a decisão em dezembro de 2015, anunciando à Comissão Baleeira Internacional que planeja caçar até 333 baleias minke anualmente pelos próximos 12 anos.

O número de baleias mortas em caça pelos japoneses tem diminuído ao longo dos anos, com a demanda interna do mercado caindo. Segundo a agência AP, a nova cota é um terço do que costumava ser em anos recentes.
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