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TRANSIÇÃO DE SEXO

Mãe revela: ‘Aos 3 anos meu filho queria ser menina’

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publicado em 20/01/2016 às 12h52

A família de Danni viveu um momento traumático quando, aos 3 anos, a criança foi encontrada pela mãe com uma tesoura na mão dizendo que queria cortar o pênis. Foi neste momento que a mãe, Kerry McFadyen, passou a levar a sério a ideia de que seu filho Daniel havia nascido com o sexo oposto.

“Me lembro como ela se olhou no espelho um dia depois que cortamos seu cabelo”, comentou Kelly à jornalista da BBC Stephanie Hirst, que é transexual.

Kelly conta que sua filha estava “devastada”, porque pensava que iriam deixar seu cabelo mais longo, e não mais curto.

“Então ela começou a se vestir como menina e me perguntava constantemente: ‘Por que isso acontece comigo, mamãe? Por que não sou como você? Por que sou como meus irmãos, e não como minha irmã?'”.

Quando perguntada sobre como se sentia diante da ideia de “ter que ser um menino”, Danni não hesitou ao responder: “irritada”.

“Eu não gostava de ser um menino”, reforçou ela.

Educar a sociedade

A mãe de Danni conta que recorreu à internet para encontrar informações que pudessem ajudá-la a lidar com a filha. E diz que ficou até surpresa com a quantidade de coisas que encontrou — ela não era a única a passar por essa situação.

“Mesmo os psicólogos que nós procuramos não tinham o conhecimento para explicar isso. Então escrevi no Google ‘meu filho quer ser uma menina’ e apareceu um monte de coisas que me ajudaram bastante”, explicou Kerry, que tem outros quatro filhos, três meninos e uma menina.

Todos eles aceitaram muito bem a opção de Danni.

“Ela simplesmente queria ser uma menina. Nunca aceitou ser um menino”, disse a irmã de Danni.

A menina acabou sendo diagnosticada com “disforia de gênero”, descrito como “repulsa ou desconforto que uma pessoa tem a respeito de seu sexo biológico”, pela Associação Americana de Psiquiatria (APA, na sigla em inglês).

“Não tinha ideia de que isso existia”, relata a mãe. Ela ressalta que seria importante existirem mais informações para “educar a sociedade” sobre essa questão.

“Cada vez, mais e mais pessoas são diagnosticadas com disforia de gênero. No entanto, muitas delas acabam sofrendo preconceito e são incompreendidas”, segundo fontes do Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês).

Uol

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