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Polícia Federal em Pernambuco extradita belga procurado pela Interpol

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publicado em 07/12/2015 às 10h16
atualizado em 07/12/2015 às 07h17

A Polícia Federal em Pernambuco extradita nesta segunda-feira o belga, Johan Albert Gilbert Can Gheel. O corretor de imóveis de 46 anos, embarca no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre, no Recife, 13h30, escoltado por policiais federais. O estrangeiro será entregue às 17h40h, no Aeroporto do Galeão no Rio de Janeiro para policiais federais da Bélgica, que chegaram ao Brasil na sexta-feira passada para conduzi-lo de volta até o seu país de origem às 21h40.

Apesar de não ter cometidos nenhum crime no Brasil, Johan era procurado pela Justiça da Bélgica desde o ano de 2006, por supostamente manter um esquema de tráfico internacional de mulheres para fins de prostituição, lavagem de dinheiro e facilitação de documentos, sendo condenado a oito anos de prisão. Segundo a polícia da Bélgica, a organização criminosa mantida por ele seria responsável por levar mulheres da Romênia para se prostituírem na Bélgica, onde eram mantidas em cárcere privado, trabalhando para a organização. Por meio do esquema criminoso, o suspeito teria construído um vasto patrimônio ilícito mantido pelas fraudes.

Após a expedição de mandado de prisão pelas autoridades belgas, o suspeito fugiu para o Brasil. Em agosto de 2013 a justiça belga solicitou a inclusão dos seus dados na Difusão Vermelha da Interpol, quando ele passou a ser procurado nos 190 países que compõem a Organização Internacional de Polícia Criminal (OIPC).

Johan chegou ao Recife em março de 2006 e em 2011 conseguiu um visto permanente para ficar no Brasil, depois de casar com uma brasileira em 2010, uma vez que na época não havia pedido de extradição formal, nem inclusão de difusão vermelha no sistema da Interpol pelo governo belga.
O estrangeiro foi preso quando estava saindo de sua residência em Olinda, no dia cinco de agosto de 2014 com base em uma medida cautelar a concessão de prisão para fins de extradição, solicitado pelo governo da Bélgica. Desde então, ele estana no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, aguardando a decisão do Supremo Tribunal Federal e Corregedoria Geral de Justiça sobre o pedido de extradição.

O preso negou participação nos crimes, alegando que tudo seria uma “armação” da Polícia Federal da Bélgica para prejudicá-lo por ele ter sido usado como informante para alugar seu imóvel para traficantes de mulheres se hospedarem com as vítimas trazidas da Romênia. Segundo o belga, após um tempo ele resolveu não mais prestar apoio aos federais e, por vingança e retaliação, os federais o teriam apontado como integrante da quadrilha, argumento que não foi aceito pela justiça belga.

Diário de Pernambuco

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